Quando
um político está descontente com o partido que o elegeu procura o mais rápido
possível deixá-lo por outro que lhe ofereça melhores prendas.
Sem
a menor cerimônia faz uma consulta prévia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
para ter certeza que não perderá o seu mandato.
Por
si só, essa conduta é uma ofensa aos bons princípios, pois o mandato pertence
aos partidos, e não, aos eleitos.
Enfim,
essa lei da fidelidade partidária veio para frear um pouco a sem-vergonhice de
pula-pula de partidos, tudo por vantagens pessoais.
Muitos
políticos, em várias eleições, nunca se reelegeram pela mesma agremiação
partidária.
Na
verdade, a política é uma grande empresa de negócios, onde existem inúmeros
produtos.
Falar
em ideologia, ideal, vocação para a vida pública, é piada das boas nesse mundo
de interesses pessoais e negócios inexplicáveis.
Quando
as portas mais confortáveis estão fechadas para determinadas ovelhas, elas
criam os seus próprios partidos.
Neste
momento, estamos assistindo ao nascimento de um novo rebento, embora o governo
faça tudo para abortá-lo.
É
um conglomerado de gente rodada pelos mais diversos partidos existentes no
mercado, e que procura o seu ponto de sucesso.
“Arca
de Noé” fica como sugestão para ajuntamento de descontentes, que sempre
existirão em todos os desestruturados partidos existentes na praça.
O
que menos preocupa aos trânsfugas é como ficarão os seus correligionários,
aqueles militantes que enfrentaram o bom debate com o adversário, e hoje,
prováveis aliados.
Por
favor, não venham me justificar tais atitudes com essa história de que os meios
justificam os fins.
Pureza
ideológica nós encontramos nos torcedores de futebol, onde jamais um
flamenguista mudará para vascaíno.
Um
país sem ideias é um país estéril, onde só vigorará seres produtos de
inseminação artificial, quando a fisiologia é substituída pela mentirinha.
Diante
desse quadro de imaturidade política, resta-nos o silêncio covarde e
reprovador.
O
pior é que temos que dizer que tudo vai bem no país da mentirinha.
Para
ser popular, que é o caso do político, “tem que ser medíocre”.
Gabriel Novis Neves
27-03-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.