Por
exigência da FIFA e da CBF os feirantes do Centro Comercial do Verdão serão
transferidos para o Distrito Industrial do Coxipó.
No
local onde hoje abriga os feirantes será construído um elegante e moderno
estacionamento VIP para as autoridades e os envolvidos na Copa do Mundo do ano
que vem.
O
transporte dos jogadores será feito também desse superestacionamento para a
Arena Pantanal.
Após
os jogos da Copa este espaço, que pertence a particulares, será destinado para
construção de moradias para ricos.
A
área do futuro estacionamento VIP está avaliada em vinte milhões de reais,
preço que o governo do Estado pretende cobrar dos feirantes, que arcarão com as
despesas da preparação do novo Centro de Abastecimento, que não será VIP.
Não
sou perito em avaliação de terrenos ou imóveis, mas acho estranha a isonomia de
valores.
O
leigo sabe que a área do Verdão, supervalorizada com a presença do casal de
elefantes brancos a poucos metros do Centro de Abastecimento, não pode ser
comparada em custo à área do Coxipó.
Enfim,
é a oportunidade do Estado fazer um bom negócio imobiliário com os pequenos
comerciantes.
Esta
Copa poderá não deixar para Cuiabá o legado de benfeitorias que tanto necessita
a cidade, mas, em compensação, em termos de trapalhadas já temos um
extraordinário acervo.
Compra
dos jipões russos com pagamento adiantado e negócio desfeito sem o retorno do
adiantamento aos cofres públicos.
Negociações
para aquisição dos aviões invisíveis.
A
história do relógio da Copa e a sua troca.
O
local da instalação física da Agência, depois Secretaria da Copa, e a demissão
dos três primeiros presidentes e toda a diretoria inicial, fato até hoje não
esclarecido.
Substituição
do modal aprovado e com recursos orçamentários federais (BRT) para o VLT, de
tenebrosa história e conclusão prevista para as festas dos trezentos anos de
Cuiabá.
Mudanças
do projeto arquitetônico e estrutural do novo estádio de futebol, no mesmo
local onde foi demolido o Verdão.
O
lançamento da construção da casca da Arena Pantanal para, em uma segunda etapa,
em cima da hora, a licitação para o preenchimento da casca bem mais cara e
trabalhosa.
Todo
esse sacrifício será esquecido com as benfeitorias que deverão ficar para
Cuiabá, cuja dívida será paga com o sacrifício das futuras gerações.
Agora
é esperar. Entramos na contagem regressiva à espera desse sonho, que não deve
ser transformado no grande pesadelo que foi a morte anunciada do trem que não
virá mais para Cuiabá.
Gabriel Novis Neves
10-04-2013
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