sexta-feira, 5 de abril de 2013

MUDANÇAS


Os nossos políticos, de um modo geral, têm uma dificuldade enorme de entenderem que mudança não é transformação.
O que clamamos são por transformações no jeito de governar.
Precisamos de cérebros arejados, preparados educacionalmente, comprometidos com a coletividade, a ética, a coisa pública, tudo com muito trabalho, sem cobranças.
O político quando ouve as ruas reprovando o seu governo, logo se apressa em anunciar que promoverá profundas mudanças na sua gestão.
Como mudar o que está errado com a mesma metodologia e, às vezes, até promovendo a dança das pessoas em novos organogramas?
A presidente da República já disse que para exercer o poder ela faz negócio até com o diabo.
Diabo produz as transformações tão necessárias a esta nação?
Acredito que os demônios Renan, Collor, Jader, Sarney, o “Cara Pintada” Lindemberg - hoje todos no balaio da dona Dilma - estão mais interessados em seus terreiros, e nem pensam em transformações.
Extinguir, por exemplo, com o triste loteamento dos cargos públicos. Acabar com os trinta e nove ministros e milhares de comissionados seria um dos caminhos para as transformações.
Mas o que fazem é alterar organogramas que serão ocupados por esse mesmo tipo de gente.
Aqui em Mato Grosso somos especialistas em mudanças, sempre trocando seis por meia dúzia.
Os jornais anunciam que, devido ao péssimo desempenho administrativo do governo, o Poder Executivo encaminhou uma mensagem à Assembleia Legislativa solicitando mudanças no cronograma dos tão falados e recém-criados Núcleos Sistêmicos, peça burocrática para abrigar cabos eleitorais e facilitar o entrave burocrático das ações governamentais.
Foi um fracasso. Assim como serão todos os arranjos administrativos em um Estado onde os ocupantes dos cargos têm donos.
Sairá da Assembleia mais um projeto de administração que será ocupado pela mesma gente que fracassou e prejudicou o Estado nesses tais Núcleos Sistêmicos.
Quadro de pessoal competente para comandar a máquina administrativa do Estado, só será possível quando o critério de aproveitamento for por mérito.
O diabo não tem mérito, mas agora a vez é dele. Vamos então esperar pelo dia em que, com certeza, vai acontecer o milagre das tão necessárias transformações.
Por enquanto, é isso aí.

Gabriel Novis Neves
20-03-2013

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