É
um dos mais custosos tratamentos dentre os problemas de drogas no mundo.
Excluindo
o tabagismo, o alcoolismo onera mais os cofres públicos mundiais que todas as
outras drogas juntas.
Dos
leitos hospitalares de 9 a 12% são ocupados por alcoolistas. No Brasil o
absenteísmo no trabalho por alcoolismo é a terceira causa, e 8º motivo para
requerimento auxílio-doença.
Dos
acidentes de trânsito no Brasil, 75% envolveram, pelo menos, uma pessoa
alcoolizada.
39%
das ocorrências policiais envolvendo conflitos familiares são de
responsabilidade do alcoolismo.
Permitido,
e até estimulado socialmente, o seu surgimento remonta, segundo relatos, há dez
mil anos, na China.
Venerado
no antigo mundo greco-romano o vinho tinha até um deus. “Baco” - deus do vinho,
da ebriedade e de todos os excessos, principalmente os sexuais.
Existem,
inclusive, escritos que revelam que os operários que construíram as pirâmides
do Egito recebiam, em média, o correspondente a cinco litros de bebida
alcoólica em recompensa pelos serviços prestados. Verdade ou não, corrobora a
ideia de que seres humanos em seu estado normal não conseguiriam fazer uma obra
de tal vulto, em que não se contava com qualquer tipo de tecnologia, a não ser
embriagados.
“Há
muitas variações nos dados sobre o alcoolismo devido às muitas metodologias
empregadas. Dados mais confiáveis falam em torno de 50 a 90% da população
mundial tendo algum contato com o álcool, sendo que 3 a 5% vão se tornar
alcoólatras.”
Doença
grave que consome corpos, estados sociais, familiares, profissionais e,
principalmente, mentes.
Graças
aos seus efeitos inicialmente estimulantes do sistema nervoso, o número de
adeptos só fez crescer através dos tempos, tornando reuniões sociais momentos
obrigatórios para o uso dessa prática. A euforia generalizada faz com que as
pessoas diminuam a censura e as amarras em que estão aprisionadas pelas regras
sociais estabelecidas.
Entretanto,
o uso abusivo do álcool vem ocasionando dois milhões e meio de óbitos por ano
no mundo, e já se tornou um problema social grave.
Importante
constatar que há alguns anos havia um maior número de consumidores masculinos,
num percentual de sete homens para cada mulher. Atualmente é de três para um,
muito em função da liberação feminina e sua total participação em todas as
atividades na vida moderna.
Vários
fatores contribuem para que o consumo de álcool se transforme em vício: o
ambiente sócio-cultural, saúde psicológica e, principalmente, predisposições
genéticas, atualmente muito valorizadas. Portanto, o mecanismo biológico dessa
droga ainda é incerto.
O
conjunto de efeitos posteriores a grande ingestão de álcool tem o nome de
veisalgia, a vulgarmente chamada ressaca.
Seu
teor na corrente sanguínea condiciona sintomas que vão da euforia inicial,
passa para a excitação, confusão mental, estupor, coma e morte.
Atualmente,
os serviços de Alcoólicos Anônimos vêm prestando relevantes serviços no tocante
à recuperação desses pacientes. Os terapeutas, geralmente ex-viciados,
trabalham voluntariamente nessas entidades.
Importante
ao lidar com esse tipo de problema é não vincular ao viciado a pecha de
distúrbio de caráter, e sim, encará-lo como um doente como outro qualquer que
necessita de tratamento.
É
de tal ordem a importância do apoio dos circunstantes, que geralmente se torna
necessário que esses também desfrutem de cuidados psicológicos.
Toda
e qualquer dependência deve ser olhada com muito cuidado. Muitas vezes um
simples tranquilizante diariamente à noite pode produzir no futuro um grande
problema de saúde.
O
que precisamos aprender é cultivar a alegria pelo simples fato de estarmos
vivos e saudáveis, às vezes nem tanto, mas participantes dessa dádiva que é a
vida!
Gabriel Novis Neves
29-03-2013
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