A
nossa saúde pública há muitos anos vive em completo estado de penúria. Quando
imaginávamos que os defensores dos pobres - que hoje ocupam o poder - iriam
olhar para os menos favorecidos, veio a desilusão.
Os
recursos para os municípios investirem na saúde básica tiveram a sua verba
estadual reduzida em 51% com relação a do ano passado. Traduzindo: a receita
que era de 150 milhões de reais caiu para 77 milhões este ano.
Essa
lei para redução do repasse aos municípios foi aprovada no dia 28 de dezembro
de 2012, quando a própria Assembleia já funcionava à meia boca.
A
traição contra o povo sempre é cometida no período das festas natalinas, ano
novo, carnaval, e só descoberta antes do feriadão da semana santa.
Interessante
a justificativa do governo estadual: a arrecadação não caiu. O aumento dos
salários dos marajás dos poderes executivo, judiciário, legislativo e outros
afins, assim como novos empréstimos bancários, foram inflados pelo excesso de
arrecadação.
Os
maiores prejudicados por esse corte serão os pobres e o município de Cuiabá,
que atende todo o Estado de Mato Grosso.
É
bom lembrar que o Estado deve aos municípios 45 milhões de reais do exercício
passado. Essa dívida será paga sabe-se lá quando.
Agora
eu pergunto: como explicar o injustificável corte de recursos financeiros no
ponto mais frágil da administração pública que é a saúde?
Essas
atitudes políticas, além do imenso desgaste causado ao governo, deixa a
população cada vez mais insegura com relação ao seu presente e, principalmente,
com o futuro.
Difícil
entender que se faça diminuição de investimentos financeiros na área da saúde
em um Estado que esbanja recursos em projetos de prioridade duvidosa.
Acreditar
que, sem dinheiro, a prefeitura de Cuiabá irá construir o novo hospital de
Pronto Socorro e de Alta Complexidade, é cair no conto do vigário.
A
prefeitura já confessou que não tem dinheiro.
O
governo do Estado está embananado, e duvidamos que desse mato saia coelho para
ajudar na construção do novo pronto socorro.
Confiar
nas promessas do governo federal é para quem gosta de ouvir histórias para
dormir.
A
petulância e intervenção do Ministério da Saúde que corta verbas atingiu o
insuportável.
Esse
ministério quer, inclusive, ditar normas de como deve ser administrado um
hospital com essa proposta de urgência, emergência e alta complexidade em Mato
Grosso para atender a todo o Estado.
Estão
ainda no tempo em que inovação não era senha para uma administração eficiente.
Enfim,
os jornais tem matéria para preencher as suas edições.
E
o povo que se dane.
Gabriel Novis Neves
27-03-2013
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