segunda-feira, 1 de abril de 2013

NÃO DÁ!


A nossa saúde pública há muitos anos vive em completo estado de penúria. Quando imaginávamos que os defensores dos pobres - que hoje ocupam o poder - iriam olhar para os menos favorecidos, veio a desilusão.
Os recursos para os municípios investirem na saúde básica tiveram a sua verba estadual reduzida em 51% com relação a do ano passado. Traduzindo: a receita que era de 150 milhões de reais caiu para 77 milhões este ano.
Essa lei para redução do repasse aos municípios foi aprovada no dia 28 de dezembro de 2012, quando a própria Assembleia já funcionava à meia boca.
A traição contra o povo sempre é cometida no período das festas natalinas, ano novo, carnaval, e só descoberta antes do feriadão da semana santa.
Interessante a justificativa do governo estadual: a arrecadação não caiu. O aumento dos salários dos marajás dos poderes executivo, judiciário, legislativo e outros afins, assim como novos empréstimos bancários, foram inflados pelo excesso de arrecadação.
Os maiores prejudicados por esse corte serão os pobres e o município de Cuiabá, que atende todo o Estado de Mato Grosso.
É bom lembrar que o Estado deve aos municípios 45 milhões de reais do exercício passado. Essa dívida será paga sabe-se lá quando.
Agora eu pergunto: como explicar o injustificável corte de recursos financeiros no ponto mais frágil da administração pública que é a saúde?
Essas atitudes políticas, além do imenso desgaste causado ao governo, deixa a população cada vez mais insegura com relação ao seu presente e, principalmente, com o futuro.
Difícil entender que se faça diminuição de investimentos financeiros na área da saúde em um Estado que esbanja recursos em projetos de prioridade duvidosa.
Acreditar que, sem dinheiro, a prefeitura de Cuiabá irá construir o novo hospital de Pronto Socorro e de Alta Complexidade, é cair no conto do vigário.
A prefeitura já confessou que não tem dinheiro.
O governo do Estado está embananado, e duvidamos que desse mato saia coelho para ajudar na construção do novo pronto socorro.
Confiar nas promessas do governo federal é para quem gosta de ouvir histórias para dormir.
A petulância e intervenção do Ministério da Saúde que corta verbas atingiu o insuportável.
Esse ministério quer, inclusive, ditar normas de como deve ser administrado um hospital com essa proposta de urgência, emergência e alta complexidade em Mato Grosso para atender a todo o Estado.
Estão ainda no tempo em que inovação não era senha para uma administração eficiente.
Enfim, os jornais tem matéria para preencher as suas edições.
E o povo que se dane.

Gabriel Novis Neves
27-03-2013

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