Não
está nada fácil para o trabalhador brasileiro pagar as suas contas.
Tudo
encareceu. Os preços dos alimentos e materiais de primeira necessidade chegaram
a patamares alarmantes.
Essa
verdade é comprovada nos vinte milhões de brasileiros que sobrevivem com os
recursos públicos da Bolsa Família, segundo dados oficiais.
Existem
ainda outras bolsas, como a bolsa presidiário, cujo valor varia segundo o
número de filhos do beneficiário, chegando, alguns, a receberem o equivalente a
um bom DAS, que é o valor que se paga a um comissionado (aquele que não faz
concurso) e presta serviços de assessoramento superior aos órgãos públicos.
Agora,
temos até bolsa para médicos importados, no valor de dez mil reais por mês. Um
médico brasileiro concursado, após trinta e cinco anos de serviços, recebe de
aposentadoria minguados um mil e seiscentos reais, como no Estado do Rio de
Janeiro.
Nesta
terra do agronegócio, qualquer diretor de quinto escalão do governo se dá ao
cuidado de guardar no criado-mudo, para despesas eventuais, mais de cem mil
dólares.
A
sociedade aceita e aprova os novos ricos, geralmente jovens dotados de talento
para os negócios.
Essas
fortunas nascidas do dia para a noite são frutos de mutações genéticas, praga
nesta região.
A
mídia informa como é tratado o dinheiro dos impostos que recolhemos, e
providências não são tomadas por quem de direito.
Os
antigos contavam historinhas para as crianças dormirem. Uma delas era a do
homem do rabo preso. Quem não conhece essa fábula maravilhosa consulte os
antigos ou o Google.
O
Tribunal de Contas aponta falhas na aplicação do nosso suado dinheiro e tudo
termina com a notícia.
Os
pequenos infratores da lei continuam lotando os nossos desumanos depósitos de
presos, chamados de penitenciárias.
Antes
tarde do que nunca descobriram, com a prisão da trinca da quadrilha na Papuda,
que o nosso sistema penitenciário não funciona e nem apresenta condições para
receber infratores da lei.
Os
trabalhadores que sabem o custo de um prato de comida são os mais revoltados
com a situação em que se encontra o nosso país.
Nem
as obras ornamentais que estão sendo executadas para o torneio internacional da
FIFA, encobrem essa frustração nacional.
A
falta de respeito pela “coisa pública” atingiu o seu clímax.
Existe
muita grana saindo pelo esgoto da corrupção, tornando cada vez mais difícil a
vida do trabalhador.
Isso
acontece com o beneplácito dos nossos “estadistas”.
Não
há luz no final do túnel.
Gabriel Novis Neves
28-12-2013
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