O Ano Novo terminou no dia dos Santos Reis
Magos, e agora tudo é carnaval até a primeira semana do mês de março.
Depois,
não dá nem para respirar, pois vem a Semana Santa, Copa do Mundo e Eleições.
Conhecido
o nome do vencedor, e acertados o loteamento dos ministérios, já começa o
comércio a atacar com músicas de Natal. E lá se foi mais um ano, completamente
perdido.
Como
o país é exemplo de ética, a posse dos novos governantes inicia-se à zero hora
do primeiro dia do novo ano.
É
a lei do sofá sendo chamada para evitar um ato ilícito, outrora muito
praticado, quando os novos governantes eram empossados no dia 15 de março e
encontravam os cofres do Tesouro do Estado vazios.
Pelos
tipos de arranjos que já estão sendo tomados, tanto no plano federal como no
estadual, teremos grandes festas e emoções neste promissor ano de 2014, que
ficará gravado na nossa história como o ano de aluguéis de médicos do Caribe.
A
Presidente candidata à reeleição tem todas as condições de liquidar a fatura
logo no primeiro turno, não pela sua competência como gestora, mas pela
ausência de uma oposição, viciada em receber pequenos favores do poder.
Dos
mais de vinte partidos existentes até ontem, pelo menos vinte apoiam incondicionalmente
a Presidente.
Só
não chegaremos ao partido único, sonho do Planalto, pela resistência do senador
Randolfo e o seu minúsculo PSOL da vereadora Heloisa Helena.
O
mais cômico nesse teatro programado é que o discurso da Presidente para “convencer”
os eleitores a votarem nela, é que serão feitas profundas mudanças estruturais
e éticas nesta nação.
Acontece
que, como todos sabem, há doze anos a nação vem sendo administrada pelo seu
grupo político e está fazendo o Brasil andar para trás na educação, saúde,
segurança, ciência, tecnologia, pesquisa, inovações tecnológicas,
infraestrutura, cultura, turismo, lazer e desenvolvimento humano,
principalmente.
Mudança
só é discurso de quem está no poder e faz tudo para não largar o osso.
Quem
estiver no poder tem de prestar contas e responder às inquietações da nossa
gente.
Explicar
porque não se investe como manda a nossa Constituição, os percentuais de
recursos em educação e saúde, maquiando os orçamentos.
Por
que cortaram recursos do orçamento do Ministério da Saúde, e onde foram
investidos?
Por
que “emprestou” dinheiro do BNDES para saneamento em Cuba e Angola e não
revela, alegando segredo de justiça, o nome das empreiteiras brasileiras que
executam essas obras?
Por
que perdoou dívidas contraídas por ditadores sanguinolentos de países
miseráveis africanos?
Por
que a inflação voltou sorrateiramente e o país deixou de crescer como seus
competidores ditos emergentes?
No
bruto jogo do poder os escrúpulos são jogados nos esgotos da ética e
princípios.
O
sistema ditatorial do Executivo aniquila e deforma os outros poderes
constituídos.
Uma
candidata que promete mudar o Brasil e apresenta na sua linha de frente,
Sarney, Collor, Renan, Jader, Cabral, Roseana, e que tem como apoiadores os
maiores banqueiros e empreiteiros desta nação e como modelo de empresário
empreendedor o Eike Batista, só falta convidar o Tio Patinhas para tomar conta
do Banco do Brasil.
O
resto é o resto, tudo farinha do mesmo saco.
Enquanto
isso, tudo continua no mesmo.
Até
quando teremos sempre esse cenário, onde as esperanças surgidas logo
desaparecem na mesmice de sempre?
Gabriel
Novis Neves
06-01-2014
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