Quando
nos referimos à palavra sedutor, logo nos vem a imagem que este adjetivo é
exclusivo do sexo masculino.
Daquele
conquistador barato, do homem cafajeste que não pode ver uma mulher, não
necessariamente bela, sem colocar a máscara do galã irresistível.
É
um tipo Zé Bonitinho, personagem dos mais antigos quadros de humor da nossa
televisão. Joga o seu olhar irresistível sobre a possível presa, arruma o
topete, morde suavemente os lábios e encara a vítima nos olhos.
Este
é o tipo dos velhos modelos de sedutores femininos, ainda hoje encontrados em
um país machista sem educação.
É
de dar pena observar essa cena ainda tão frequente nos lugares badalados da
cidade.
Entre
os pobres não tem disso não. Gostou, parte para o convencimento a sós. Se der
liga, negócio feito, sem brigas ou escândalos.
Apesar
de o adjetivo sedutor estar ligado culturalmente à figura masculina, existem
mulheres extremamente eficientes na arte da sedução.
Suas
estratégias de conquistas são totalmente diferentes das masculinas.
Elas
são extremamente discretas e conquistam pelo seu charme inato e,
principalmente, pela inteligência.
Não
tem olhares diferentes, tampouco usam cartões de telefone. Não são escravas das
academias de ginástica para o corpo esculpido de músculos sem gordura.
São
cheinhas, pois apreciam a boa gastronomia. Não perdem tempo em salões de
beleza, colocando cílios e unhas postiças e uma máscara de pintura no rosto,
muito menos enchendo os cabelos de produtos químicos com efeitos especiais.
Não
possuem também implantes de silicone, preenchimentos com botox, nem marcas de
bisturi.
Essas
são as irresistíveis mulheres sedutoras, perigosas em qualquer ambiente.
A
sedução não é um ato corporal, e sim, de identificação de almas.
No
momento as mulheres estão vencendo.
Gabriel Novis Neves
03-01-2014
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