Mundialmente,
os movimentos reivindicatórios das massas populares, os chamados protestos, vêm
tendo algumas características em comum.
Uma
delas é que, geralmente, começam pacíficas, e depois de certo tempo, se
transformam em violentas, principalmente em relação ao poder repressivo.
Excluída
a truculência policial que ocorre na maioria dos países, tem sido estudado,
exaustivamente pelos órgãos competentes, que outras causas estariam
desencadeando essas reações.
Sabe-se
atualmente que ideias anárquicas, nascidas no início do século IXX na França,
estão presentes numa pequena minoria de nossa juventude.
Essa
minoria tem se feito representar em todos os movimentos mundiais e, aqui entre
nós, tem recebido as mais diferentes denominações, sendo a mais moderna, a de
vândalos.
São
os mesmos Black Blocs que aparecem na Grécia, na Turquia, no Egito, nos Estados
Unidos, todos vestidos de preto, mascarados e movidos apenas pelo ódio e pelo
repúdio ao sistema.
São
pessoas cujo único objetivo é contestar toda e qualquer autoridade
estabelecida, quer seja econômica, política ou religiosa.
Creem
numa sociedade autorregulada, desvinculada de toda e qualquer liderança.
Dentre
essas pessoas estão os desajustados e os inconformados por estarem excluídos da
sociedade de consumo, que apregoam os saques como única forma de justiça
social.
Argumentam
elas que nenhum movimento de massa pacífica, em qualquer parte do mundo, não
consegue modificação do “status quo”.
Como
não têm líderes, e nada propõem em relação à esse capitalismo decadente que
tanto criticam, desnorteiam as autoridades eleitas democraticamente para
governar os diversos países, conturbando a ordem mundial.
Preocupante,
uma vez que mais parecemos uma nau desgovernada em meio a mares tempestuosos,
que não sinalizam para uma bonança próxima.
Os
discursos de nossas autoridades constituídas têm mostrado isso de uma maneira
clara ao se confessarem despreparados para essa nova realidade.
Momento
para reflexão de nossas classes dominantes nacionais e internacionais que, se
não muito lúcidas, apenas levarão a humanidade para o caos total, cujo único
beneficiário é sempre a indústria bélica.
Gabriel
Novis Neves
20-07-2013
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