A
prefeitura da cidade de São Paulo, a maior da América Latina, descobriu que o
“novo” na educação básica é o velho modelo pedagógico abandonado pelos sábios
de Brasília.
O
mais interessante é que o autor dessa descoberta educacional foi, por quase
oito anos, Ministro da Educação do Brasil.
Justiça
se faça. Quem implantou esse sistema, em que os alunos do ensino fundamental
não são reprovados, foram os governos passados.
A
captação de recursos internacionais para o nosso frágil setor educacional
obrigou o Brasil a abolir a reprovação.
A
lei brasileira diz que alunos reprovados teriam promoção automática para as
séries seguintes e que seriam criadas classes especiais para recuperação,
medida jamais cumprida de fato.
O
governo justificava essa metodologia, que premiava a ineficiência da escola,
dizendo que a reprovação de uma criança no início dos seus estudos poderia
produzir traumas psicológicos irreversíveis.
Chegamos
a atingir 98% de aprovação no ensino fundamental. Esse número irreal era a
justificativa usada pelos governos como indicador de melhoria do ensino.
Diante
do clamor público reclamando por um ensino de qualidade e com as avaliações de
organismos internacionais - onde o nosso país ocupava as últimas colocações - a
fraude foi descoberta. A prefeitura de São Paulo então decidiu corrigir aquilo
que a população nas ruas pedia: “Olhem pela educação dos nossos filhos”.
O
exemplo foi dado, o equívoco pedagógico reconhecido e, embora tardiamente,
corrigido.
Será
que o governo federal seguirá o exemplo ou, pressionado por governadores e
prefeitos, aceitará as estatísticas falsas onde o mérito não é levado em
consideração?
O
modelo antigo exige mais escolas, mais professores e mais investimentos em
educação.
Torço
pela lucidez dos homens públicos desta nação, corrigindo essa mentira
educacional existente.
O
tempo perdido nos últimos vinte anos jamais será recuperado, mas nunca é tarde
para reparar uma injustiça cometida contra a nossa juventude, fazendo surgir o
país rico e pobre.
O
primeiro passo acaba de ser dado.
Voltemos
aos tempos das tarefas caseiras, caderneta de notas, reprovação no primeiro ano
do ensino fundamental, 2ª época e dependência de disciplina no ensino médio.
Todo
esse trabalho educacional deverá ser executado por professores qualificados, motivados,
valorizados profissionalmente, em escolas padrão FIFA.
Gabriel
Novis Neves
15-08-2013
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