quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O NOVO É O VELHO

A prefeitura da cidade de São Paulo, a maior da América Latina, descobriu que o “novo” na educação básica é o velho modelo pedagógico abandonado pelos sábios de Brasília.
O mais interessante é que o autor dessa descoberta educacional foi, por quase oito anos, Ministro da Educação do Brasil.
Justiça se faça. Quem implantou esse sistema, em que os alunos do ensino fundamental não são reprovados, foram os governos passados.
A captação de recursos internacionais para o nosso frágil setor educacional obrigou o Brasil a abolir a reprovação.
A lei brasileira diz que alunos reprovados teriam promoção automática para as séries seguintes e que seriam criadas classes especiais para recuperação, medida jamais cumprida de fato.
O governo justificava essa metodologia, que premiava a ineficiência da escola, dizendo que a reprovação de uma criança no início dos seus estudos poderia produzir traumas psicológicos irreversíveis.
Chegamos a atingir 98% de aprovação no ensino fundamental. Esse número irreal era a justificativa usada pelos governos como indicador de melhoria do ensino.
Diante do clamor público reclamando por um ensino de qualidade e com as avaliações de organismos internacionais - onde o nosso país ocupava as últimas colocações - a fraude foi descoberta. A prefeitura de São Paulo então decidiu corrigir aquilo que a população nas ruas pedia: “Olhem pela educação dos nossos filhos”.
O exemplo foi dado, o equívoco pedagógico reconhecido e, embora tardiamente, corrigido.
Será que o governo federal seguirá o exemplo ou, pressionado por governadores e prefeitos, aceitará as estatísticas falsas onde o mérito não é levado em consideração?
O modelo antigo exige mais escolas, mais professores e mais investimentos em educação.
Torço pela lucidez dos homens públicos desta nação, corrigindo essa mentira educacional existente.
O tempo perdido nos últimos vinte anos jamais será recuperado, mas nunca é tarde para reparar uma injustiça cometida contra a nossa juventude, fazendo surgir o país rico e pobre.
O primeiro passo acaba de ser dado.
Voltemos aos tempos das tarefas caseiras, caderneta de notas, reprovação no primeiro ano do ensino fundamental, 2ª época e dependência de disciplina no ensino médio.
Todo esse trabalho educacional deverá ser executado por professores qualificados, motivados, valorizados profissionalmente, em escolas padrão FIFA.

Gabriel Novis Neves
15-08-2013

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