terça-feira, 20 de agosto de 2013

RESPOSTA DAS RUAS

A recente pesquisa CNI/IBOPE aponta que as recentes medidas tomadas pela Presidente, em resposta aos protestos de rua, recebeu nota quatro dos entrevistados.
A aprovação do seu governo despencou de 55% para 31%, diz o Instituto.
A população brasileira desaprovou as medidas tomadas pelo governo federal, obrigando-o a engatar uma marcha ré em seus projetos de permanência no poder.
O Programa “Mais Médicos” foi o mais rejeitado. A sociedade exige uma resposta imediata e sensata.
O governo optou por um remédio eleitoral que não deu certo. Os Ministros da Educação e da Saúde não se entendem mais, e o recuo é evidente.
O “espichamento” do Curso de Medicina por mais dois anos está enterrado.
O Ministro da Educação quer transformar esses dois anos em Residência Médica em qualquer área.
A classe médica, que jamais foi consultada, não vê como formar profissionais de qualidade com a estrutura física existente nos municípios brasileiros.
Já o seu colega da Saúde, por incrível que pareça, concorda com a ideia do seu colega economista, com um porém.
Defende que essa Residência, feita nos municípios sem estrutura física adequada para o exercício digno da medicina, seja feita nas áreas de urgência, emergência e atenção básica à saúde.
O desconforto do governo com as vaias das ruas e os números das pesquisas é evidente.
Aquela história de obrigar médicos recém-graduados a prestarem serviços no interior para torná-los mais humanizados no tratamento dos seus pacientes é carta fora do baralho.
A saúde foi o setor de atendimento que mobilizou 43% da população para os protestos, ganhando da corrupção (35%), melhoria da segurança pública (20%) e contra a inflação (16%).
A onda de protestos jogou na faixa da reprovação popular, não apenas a Presidente, que obteve nota quatro, mas também governadores, prefeitos, senadores e deputados federais.
Enfim, os políticos desta nação.
Vamos trabalhar sério, sem pensar em eleição e cuidar da nossa população que sofre?
Seria pedir muito para a privilegiada classe política deste país de democracia imperial?
É sempre bom lembrar que a história costuma surpreender os egoístas do poder, mudando o curso do rio que serve aos poderosos de plantão.
Nas palavras de Millôr Fernandes, “ser pobre não é crime, mas ajuda a chegar lá”.

Gabriel Novis Neves
13-08-2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.