A
recente pesquisa CNI/IBOPE aponta que as recentes medidas tomadas pela
Presidente, em resposta aos protestos de rua, recebeu nota quatro dos
entrevistados.
A
aprovação do seu governo despencou de 55% para 31%, diz o Instituto.
A
população brasileira desaprovou as medidas tomadas pelo governo federal,
obrigando-o a engatar uma marcha ré em seus projetos de permanência no poder.
O
Programa “Mais Médicos” foi o mais rejeitado. A sociedade exige uma resposta
imediata e sensata.
O
governo optou por um remédio eleitoral que não deu certo. Os Ministros da
Educação e da Saúde não se entendem mais, e o recuo é evidente.
O
“espichamento” do Curso de Medicina por mais dois anos está enterrado.
O
Ministro da Educação quer transformar esses dois anos em Residência Médica em
qualquer área.
A
classe médica, que jamais foi consultada, não vê como formar profissionais de
qualidade com a estrutura física existente nos municípios brasileiros.
Já
o seu colega da Saúde, por incrível que pareça, concorda com a ideia do seu
colega economista, com um porém.
Defende
que essa Residência, feita nos municípios sem estrutura física adequada para o
exercício digno da medicina, seja feita nas áreas de urgência, emergência e
atenção básica à saúde.
O
desconforto do governo com as vaias das ruas e os números das pesquisas é
evidente.
Aquela
história de obrigar médicos recém-graduados a prestarem serviços no interior
para torná-los mais humanizados no tratamento dos seus pacientes é carta fora
do baralho.
A
saúde foi o setor de atendimento que mobilizou 43% da população para os
protestos, ganhando da corrupção (35%), melhoria da segurança pública (20%) e
contra a inflação (16%).
A
onda de protestos jogou na faixa da reprovação popular, não apenas a
Presidente, que obteve nota quatro, mas também governadores, prefeitos,
senadores e deputados federais.
Enfim,
os políticos desta nação.
Vamos
trabalhar sério, sem pensar em eleição e cuidar da nossa população que sofre?
Seria
pedir muito para a privilegiada classe política deste país de democracia
imperial?
É
sempre bom lembrar que a história costuma surpreender os egoístas do poder,
mudando o curso do rio que serve aos poderosos de plantão.
Nas
palavras de Millôr Fernandes, “ser pobre não é crime, mas ajuda a chegar lá”.
Gabriel
Novis Neves
13-08-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.