sábado, 29 de setembro de 2012

COSTUMES E CENSURA


Fala-se muito em liberdade de pensamento, transparência, ética, respeito humano e tantas outras coisas, que estou até desconfiado.
A esmola quando é demais o pobre desconfia, diz a sabedoria popular.
Não vejo nada da tão propalada moralização neste momento histórico cheio de paixões.
As eleições se aproximam, e os defensores das liberdades civis e dos valores morais, obnubilados pela cegueira de interesses pessoais inconfessáveis, sem perceberem, negam esse direito aos que são contrários a sua prepotente vontade.
O rei está nu quando isso acontece. E como tem rei nu nesta cidade!
O quadro de traíras cada dia aumenta mais, cujo alimento é produto dos cofres públicos.
Operador não é mais o médico-cirurgião, mas o caixa dois dos políticos. Esse tipo de operador político é hoje uma profissão das mais valorizadas. E como operam!
São geralmente pessoas com pouco preparo intelectual, arrogantes, sem ética e base familiar.
Convidadas ou não, estão sempre presentes aos eventos, seja de qual natureza for.
Desinibidos, estão muito à vontade para impor as suas vontades.
Antigamente, aqueles que se julgavam no direito de distinguir o certo do errado, tinham o nome de censores.
Hoje são defensores da liberdade de expressão.
Que motivação podem as pessoas sentir diante de tais exemplos?
É na emoção e no poder que melhor conhecemos as pessoas.
Diante das misérias que afloram neste momento, o mínimo que se espera diante desses fatos é o total e irrestrito repúdio aos seguidores dessa ideologia.
Peço também que não me venham com essa história de soldados na defesa dos bons costumes, da ética e da moral.
O medo implantado pelos poderosos é a pior das censuras, pois tolhe no nascedouro qualquer possibilidade de liberdade.
O futuro é incerto para os nossos direitos de cidadãos. Voltar ao passado, nunca! Avancemos na procura de um mundo de humanos.

Gabriel Novis Neves
27-09-2012

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