Assim
que terminou o debate político na televisão, o “saite que ninguém lê” iniciou
uma pesquisa de opinião pública para saber quem venceu o bate boca.
A
pesquisa constava das seguintes opções: os nomes de todos os candidatos
convidados, o nome do candidato barrado e para quem não assistiu ao debate.
Não
conheço o resultado da apuração. Votei em quem não assistiu e tirou a soneca
após o almoço.
Que
coisa chata esse modelo de debate! Além de não esclarecer nada, não altera o
voto do eleitor.
Ninguém
mudará o seu voto porque fulano de tal fala manso, ou beltrano é confesso
milionário, filho da terra ou religioso.
O
mais interessante é que os chamados candidatos competitivos se esforçaram o
tempo todo para esconder os seus principais apoiadores.
Quem
não tinha apoiadores a esconder, funcionou como verdadeira metralhadora
giratória, atingindo todos os seus adversários apoiados.
Quando
se faz política para atingir o poder pelo poder, o resultado é esse que
assistimos - as propostas estão todas dependentes do ovo que a galinha ainda
vai botar.
Todas
as promessas colocadas são inviáveis, pois a prefeitura não tem recursos para
bancá-las e o governo do Estado, com o atraso dos repasses para a saúde
pública, idem.
É
uma verdadeira luta de vale tudo, onde a demagogia e os ataques estão
presentes. Inimigos de ontem, amigos de hoje, e vice versa. Cada qual deixa
transparecer, nessa exposição televisiva, as suas vaidades inconsequentes, com
promessas que sabem que não irão cumprir.
Há
menos de um mês das eleições, o desânimo do eleitor é evidente, e dois debates
no mesmo estilo plastificado já estão programados. Haja patriotismo para
enfrentar esses debates! Sei lá.
A
revista Veja apresenta farto material para animar o encontro dos prefeitáveis à
noite. Se o debate tiver como tema a nova história do mensalão, acho que a
sessão ficará, pelo menos, animada.
Dos
cinco candidatos presentes ao debate, três são da base de sustentação ao
governo, e terão a obrigação de defender o indefensável.
É
a grande oportunidade para que os outros dois candidatos, que não têm esse
compromisso, de federalizar o debate, já que se discutiu muito o alinhamento
dos governos, municipal, estadual e federal.
Nessa
linha de sintonia entre os três poderes, será que essa descoberta do verdadeiro
mandante do processo que é julgado no Supremo Tribunal Federal, não irá mudar
os rumos do debate?
Tudo
é possível acontecer no lixão da nossa política.
Gabriel Novis Neves
16-09-2012
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