Os
jornais anunciaram com destaque a visita do Ministro da Saúde à Cuiabá. Calma
minha senhora! Calma meu velhinho! Ele não veio para resolver os problemas da
saúde pública, e sim, para ameaçar a nossa sofrida população com um projeto
bolado pelo marqueteiro do Planalto, chamado de verticalização do poder.
Isso
significa que os governos estadual e federal só liberarão os recursos
constitucionais para Cuiabá, se o prefeito for do mesmo partido do governador e
do presidente da nação.
Agora
sabemos por que falta tudo aqui. O atual prefeito não é do partido do
governador e nem do presidente.
A
falta de leitos hospitalares, a ausência de medicamentos de baixo e alto custo
e da merenda escolar, ensino e inovação zero no ensino superior, greve de mais
de cem dias na universidade pública, bloqueio das estradas pelos índios, tudo
isso será resolvido com a vitória do candidato da verticalização.
O
candidato da turma do Planalto não precisa nem de plano de governo. Basta
esconder alguns dos seus apoiadores (não sei o porquê), e trazer um ministro
por semana que a eleição estará ganha.
Mesmo
com o Supremo Tribunal Federal (STF) contrariando o fundador do partido, que
não sabia de nada, mas acreditava no caixa dois, o esquema decidido em São
Paulo é incutir na cabeça do povo brasileiro, que o STF está contra o PT, mas o
povo não.
Essa
manobra é para evitar que as condenações em Brasília, interfiram negativamente
nos candidatos do ex-partido defensor da ética, nas eleições municipais.
Nunca
quis dizer que durante o governo passado, houve uma verticalização do roubo aos
cofres públicos.
Agora
essa turma do mensalão, sem a menor cerimônia, aparecer por aqui para pedir
voto, e ameaçar o bom povo de Cuiabá. Ai já é demais!
A
verticalização entre o governo do Estado e o Federal está funcionando tão bem,
que os repasses financeiros aos fornecedores do governo estão atrasados.
As
obras de concretagem da Copa estão paralisadas, até os empresários receberem
parte do que já faturaram.
O
endividamento nosso cada vez aumenta mais e os repasses do governo federal cada
vez diminuem mais.
É
impressionante como o governo federal não executa as obras que estão no
orçamento da União.
No
início do ano um monte de obras é anunciado e, no final do exercício
financeiro, constatamos que tudo não passou de um parto da montanha.
Mas
o foco deste artigo é esse absurdo da verticalização, para enganar os eleitores
e chegar ao poder.
Nem
na época da ditadura militar tal atitude foi utilizada. Como diz um humorista,
naquele período só não se podia falar mal do presidente.
Do
jeito que o barco vai, até outubro teremos frequentes desfiles dos
representantes dos mensaleiros e, provavelmente, se a saúde permitir, dos
chefes deles.
Quanto
tempo de televisão desperdiçado! Ninguém aguenta mais esse cansado modelo de
pedir votos. No dia dedicado aos vereadores, aferimos o nosso
subdesenvolvimento.
É
de se louvar a coragem desses ministros em pedir votos e fazer ameaças, em
lugares onde nunca fizeram nada para melhorar a vida dessas populações.
Enfim,
eles também não mandam nada, e já se acostumaram a serem repreendidos
publicamente.
Estamos
num processo de regressão, e um dia iremos lutar para voltarmos aos tempos da
escravidão.
É
a verticalização para baixo.
Gabriel Novis Neves
04-09-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.