segunda-feira, 10 de setembro de 2012

CONDENADOS AO PARAÍSO


Normalmente não nos damos conta que a natureza conspira a nosso favor rumo ao Paraíso.
Apesar de todos os nossos esforços em contrário, é mais ou menos frequente nos vermos, de uma maneira ou de outra, felizes com as coisas mais simples da vida.
Porque será que desde a iniciação escolar, ninguém se importa em desenvolver nas crianças o prazer vindo com o olfato, o tato, a audição, a degustação, enfim, com todo o lado sensorial da nossa genética?
Ao contrário, nos impingem toda sorte de fábulas comprometidas com a agressividade e, principalmente, com a maldade e com o medo.
Já num estágio mais avançado, seremos vítimas da decoreba de inúmeras fórmulas matemáticas, químicas e físicas desnecessárias, a não ser quando mudamos de currículo em busca desvairada do nosso SER SUCESSO.
Nesses anos tão importantes e em todos os mais que se sucedem, ficaram para trás as grandes possibilidades humanas de felicidade, com tudo que há de mais simples e que já trazemos no nosso DNA.
O prazer da comida, o prazer da música, da pintura, do belo amanhecer, das matas, dos mares, enfim de tudo que nos cerca e conduz a essa estrada que nos leva ao Paraíso.
E o que falar então da experiência amorosa, ápice de todos os prazeres e que, por si só, já valeria a pena viver? 
Quantos deixam de vivê-la obstados que se sentem por preconceitos morais hipócritas e falidos?
Temos um potencial de felicidade imenso sem uso, algumas vezes totalmente atrofiado por esse desuso.
Quem sabe um dia nos daremos conta de que Usufruir do Paraíso é  o verdadeiro destino da humanidade, antes que sistemas econômicos  autofágicos, ambições e guerras  nos aniquilem definitivamente.

Gabriel Novis Neves
28-08-2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.