Todos
estão caducos de saber que Cuiabá tem apenas duas estações meteorológicas no
ano: calor com chuva e calor sem chuva.
Estamos
em plena estação de calor sem chuva, acrescida pela fumaça.
Impressionante
como, entra ano sai ano, as queimadas continuam, apesar dos desmentidos do
governo.
A
fumaça que domina Cuiabá neste final de inverno é proveniente dos múltiplos
incêndios urbanos e das nuvens de queimadas trazidas pelos ventos do interior
do Estado em chamas.
Todo
o Estado é uma fogueira só.
O
governo, para nossa indignação, está retirando dinheiro da verba destinada ao
combate e fiscalização às queimadas criminosas, para outros destinos.
A
nossa fauna, em fuga desesperada do fogo, faz a alegria dos turistas. Há poucos
dias uma minhoca gigante para não morrer deixou o seu habitat em chamas e
invadiu a rodovia.
Foi
presa, fotografada e identificada, inicialmente, como cobra. Com a chegada dos
especialistas, foi corrigido o equívoco, para frustração dos turistas – era uma
minhoca gigante. Aquele bicho que fugia da morte certa na mata em chamas, quase
que a encontra na rodovia movimentada.
O
nosso ecossistema continua sendo agredido pela ganância dos homens, sempre
insaciáveis pelos lucros materiais.
No
enfrentamento do Homem X Natureza, os resultados são os piores possíveis para
as futuras gerações.
Infelizmente,
o desbravador desconhece esses detalhes, pois a sua meta é o lucro.
O
calor de Cuiabá, com a baixa umidade do ar e a imensa nuvem de fumaça das
queimadas, está invibializando a nossa tão fragilizada qualidade de vida.
A
pergunta que ninguém responde: quem é o grande responsável por esse verdadeiro
e repetitivo desastre ecológico em nosso território?
Gabriel Novis Neves
10-09-2012
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