Na
história desta nação não tenho conhecimento de um encontro tão
anti-republicano, ou de “gangster” - como disse um atual ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF).
O
ex de quase tudo foi aprontar mais uma das suas, esquecendo-se que o
“importante é ter sido” e que agora não tem mais a caneta mágica e o Diário
Oficial.
Como
foi um encontro “casual”, patrocinado pelo destino chamado Jobim em seu
escritório, com um ministro do STJ, chega a ser hilário o depoimento das
pessoas reunidas depois que a notícia vazou para a imprensa.
O
responsável pelo encontro, homem de extrema confiança do ex-presidente,
retirou-se do escritório e ficou chupando Bocaiúva no quarto da empregada,
enquanto a conversa, para ser educado, rolava pelo seu escritório.
Após
o clássico rodeio, o homem do chapéu preto entrou direto na ameaça,
classificada publicamente pelo ministro do STJ, como coisa de gangster
produzida por uma central de difamação cujo mensageiro máximo era o visitante
surpreso.
O
tom da interpretação do ministro subiu alguns decibéis causando consternação
geral aos homens de bem deste país.
A
resposta do “visitante” foi difícil de ser escrita em nota esclarecedora.
Admitiu
o encontro e se fez de vítima, dizendo-se indignado. Todo mundo quer saber de
que está indignado: com o mensalão, a campanha do Corinthians ou as obras
atrasadas da Copa do Mundo.
Foi
declarada guerra que não interessava aos que serão julgados, e muito menos à
sua sucessora.
Os
ministros do STF têm perante a União o dever de julgar esse processo que o ex
não quer, sob o risco de desmoralização total.
Diz
o maior líder da face da terra que, dos onze ministros atuais, nomeou oito, e,
portanto, cobra fidelidade.
Situação
difícil para os dignos ministros escolhidos por méritos e não por imposições
políticas.
A
justiça era o último reduto à margem da politicagem, mas com esse encontro e
ameaça como relata o ministro, houve um clara tentativa de nivelar por baixo o
Supremo Tribunal de Justiça.
“A
justiça sem força é impotente, a força sem justiça é tirana.” Blaise Pascal -
Francês (1623-1662).
Gabriel
Novis Neves
31-05-2012
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