terça-feira, 26 de junho de 2012

NOTÍCIAS ATUAIS


Entramos em pleno período das notícias políticas, com as convenções para prefeitos marcadas até o último dia do mês.
Muita gente acredita em planejamento em política. Prefiro ficar com o parecer do doutor Tancredo Neves que definia política como uma nuvem, mudando a cada instante.
Já vi muita coisa acontecer de última hora nos últimos sessenta anos que mudaram o resultado das eleições e furaram qualquer planejamento.
A vitória estrondosa do cuiabano Dutra em São Paulo, quando o Hugo Borghi jogou milhares de panfletos nas fábricas dizendo que o seu adversário não precisava do voto dos marmiteiros - é o exemplo mais remoto que guardo.
O suicídio do Getúlio elegeu Juscelino.
A morte do doutor Tancredo nos deu de presente Sarney, os seus fiscais e o mandato vitalício de senador, fora do seu Estado.
Itamar Franco nunca pensou em ser presidente, e FHC não se elegeria mais senador por São Paulo. Se não fosse uma antena parabólica, o FHC jamais seria Ministro da Fazenda do real e vencedor duas vezes no primeiro turno do Lula para a Presidência do Brasil.
Nenhum desses presidentes citados pensaram com o cargo.
Nelson Rodrigues explicava fatos inexplicáveis dizendo que, há milhões de anos estava escrito o que aconteceu.
Fico abismado de saber que aqueles três, que se julgam donos deste Estado e seu povo, já estão com o esquema montado e aprovado por eles para as eleições de 2014.

Já escolheram o novo governador e o único senador. Em 2016 o prefeito dessa 'seita' já está escolhido, assim como o governador e os dois senadores em 2018. Até lá "facadas nas costas e muita traição".
Com relação à eleição para a prefeitura de Cuiabá, só se discute o famoso loteamento dos cargos comissionados, baseados na musculatura dos partidos.
Para animar a plateia acontece um fato inédito na nossa história política: nunca houve uma disputa tão acirrada para o cargo de vice-prefeito como nessas eleições. Os políticos sabem do poder econômico e da caneta dos três “donos” do Estado Curral.
Tiveram que se contentar em disputar uma indicação para vice, na certeza do fenômeno de 2010 se repetir - quando o prefeito renunciou para ser governador amparada em pesquisas amigas.
Enquanto isso, debates inúteis, reuniões sem pauta e os chavões de sempre, dominam as notícias atuais.

Gabriel Novis Neves
15-06-2012

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