Entramos
em pleno período das notícias políticas, com as convenções para prefeitos
marcadas até o último dia do mês.
Muita
gente acredita em planejamento em política. Prefiro ficar com o parecer do
doutor Tancredo Neves que definia política como uma nuvem, mudando a cada
instante.
Já
vi muita coisa acontecer de última hora nos últimos sessenta anos que mudaram o
resultado das eleições e furaram qualquer planejamento.
A
vitória estrondosa do cuiabano Dutra em São Paulo, quando o Hugo Borghi jogou
milhares de panfletos nas fábricas dizendo que o seu adversário não precisava
do voto dos marmiteiros - é o exemplo mais remoto que guardo.
O
suicídio do Getúlio elegeu Juscelino.
A
morte do doutor Tancredo nos deu de presente Sarney, os seus fiscais e o
mandato vitalício de senador, fora do seu Estado.
Itamar
Franco nunca pensou em ser presidente, e FHC não se elegeria mais senador por
São Paulo. Se não fosse uma antena parabólica, o FHC jamais seria Ministro da
Fazenda do real e vencedor duas vezes no primeiro turno do Lula para a
Presidência do Brasil.
Nenhum
desses presidentes citados pensaram com o cargo.
Nelson
Rodrigues explicava fatos inexplicáveis dizendo que, há milhões de anos estava
escrito o que aconteceu.
Fico
abismado de saber que aqueles três, que se julgam donos deste Estado e seu
povo, já estão com o esquema montado e aprovado por eles para as eleições de
2014.
Já escolheram o novo governador e o único senador. Em 2016 o prefeito dessa 'seita' já está escolhido, assim como o governador e os dois senadores em 2018. Até lá "facadas nas costas e muita traição".
Já escolheram o novo governador e o único senador. Em 2016 o prefeito dessa 'seita' já está escolhido, assim como o governador e os dois senadores em 2018. Até lá "facadas nas costas e muita traição".
Com
relação à eleição para a prefeitura de Cuiabá, só se discute o famoso
loteamento dos cargos comissionados, baseados na musculatura dos partidos.
Para
animar a plateia acontece um fato inédito na nossa história política: nunca
houve uma disputa tão acirrada para o cargo de vice-prefeito como nessas
eleições. Os políticos sabem do poder econômico e da caneta dos três “donos” do
Estado Curral.
Tiveram
que se contentar em disputar uma indicação para vice, na certeza do fenômeno de
2010 se repetir - quando o prefeito renunciou para ser governador amparada em
pesquisas amigas.
Enquanto
isso, debates inúteis, reuniões sem pauta e os chavões de sempre, dominam as
notícias atuais.
Gabriel
Novis Neves
15-06-2012
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