Maquiado,
o nosso Estado sobreviveu à era da botina. A pintura acabou e a verdade
apareceu.
Se
o governo não conseguir negociar as suas dívidas impagáveis, o grande Estado
“na palma da mão” sucumbirá.
Nada
foi feito nos últimos anos com relação as nossas dívidas, pagas a juros
exorbitantes. O foco do nosso problema maior era desviado para as célebres
festas de final de semana chamadas de Programa Estradeiro.
O
interior era visitado, ocasião em que se fazia política, e não, estradas. A
capital imaginava que o interior, produtor das nossas riquezas, estava sendo
tratado na sua prioridade maior, que era a construção de vias para o escoamento
da sua produção do agronegócio - com estradas pavimentadas modelo alemão.
Na
verdade o que se fez foi asfalto “casca de ovo” e mídia forte na capital.
Tudo
foi abandonado, inclusive a nossa dívida que, de vez em quando, era implantado
um factóide sobre a sua solução. Ouvimos coisas do arco do velho nesse período.
Bastou
menos de dois anos de governo para o discreto governador, que sofre calado em
nome da sustentabilidade do seu governo, descobrir e tomar as urgentes
providências para que o Estado não fechasse as suas portas.
A
situação financeira do Estado é calamitosa. Se o equilibrado governador atual,
que realmente tem prestígio no Planalto, não conseguir, em curto prazo,
resolver essa herança, temo pelo nosso futuro.
É
certo que o pagamento do funcionalismo público começará a atrasar, seguindo o
exemplo dos fornecedores que estão sem receber.
As
obras que o governo inaugura com nomes exóticos, como os conjuntos
habitacionais, são feitas com dinheiro federal. As das avenidas de Cuiabá, com
recursos do Dnit.
O
caixa do Tesouro do Estado não foi dinamitado, mas não tem cem réis.
É
esperado o momento em que a população pedirá ao governador atual que deixe os
seus escrúpulos de companheiro leal e fiel e diga aos três milhões de
mato-grossenses como recebeu o Estado financeiramente.
A
imprensa noticia escândalos que o governador atual sempre teve muito cuidado
para que não fosse dissecado publicamente, mas agora isto é necessário, por uma
questão de sobrevivência política.
O
povo quer saber se houve problema na compra dos tratores para o programa
eleitoral MT 100% equipado.
Se
a história dos precatórios ou Cartas Marcadas é invenção da oposição ou isso
ocorreu de fato.
Se
o governador atual recebeu as contas do Estado redondinhas ou não.
São
respostas fundamentais para o futuro político do governador atual.
O
cofre do Tesouro do Estado está vazio. Essa complicada operação financeira
autorizada pela presidente, sairá ou não?
É
importante que a população saiba que, no momento, o Estado está quebrado, e que
o governador está desesperado tomando providências que dependem de terceiros.
O
nosso nível de endividamento furou o teto com as obras da Copa (campo de
futebol).
Gabriel
Novis Neves
07-06-2012
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