segunda-feira, 25 de junho de 2012

Estado quebrado


Maquiado, o nosso Estado sobreviveu à era da botina. A pintura acabou e a verdade apareceu.
Se o governo não conseguir negociar as suas dívidas impagáveis, o grande Estado “na palma da mão” sucumbirá.
Nada foi feito nos últimos anos com relação as nossas dívidas, pagas a juros exorbitantes. O foco do nosso problema maior era desviado para as célebres festas de final de semana chamadas de Programa Estradeiro.
O interior era visitado, ocasião em que se fazia política, e não, estradas. A capital imaginava que o interior, produtor das nossas riquezas, estava sendo tratado na sua prioridade maior, que era a construção de vias para o escoamento da sua produção do agronegócio - com estradas pavimentadas modelo alemão.
Na verdade o que se fez foi asfalto “casca de ovo” e mídia forte na capital.
Tudo foi abandonado, inclusive a nossa dívida que, de vez em quando, era implantado um factóide sobre a sua solução. Ouvimos coisas do arco do velho nesse período.
Bastou menos de dois anos de governo para o discreto governador, que sofre calado em nome da sustentabilidade do seu governo, descobrir e tomar as urgentes providências para que o Estado não fechasse as suas portas.
A situação financeira do Estado é calamitosa. Se o equilibrado governador atual, que realmente tem prestígio no Planalto, não conseguir, em curto prazo, resolver essa herança, temo pelo nosso futuro.
É certo que o pagamento do funcionalismo público começará a atrasar, seguindo o exemplo dos fornecedores que estão sem receber.
As obras que o governo inaugura com nomes exóticos, como os conjuntos habitacionais, são feitas com dinheiro federal. As das avenidas de Cuiabá, com recursos do Dnit.
O caixa do Tesouro do Estado não foi dinamitado, mas não tem cem réis.
É esperado o momento em que a população pedirá ao governador atual que deixe os seus escrúpulos de companheiro leal e fiel e diga aos três milhões de mato-grossenses como recebeu o Estado financeiramente.
A imprensa noticia escândalos que o governador atual sempre teve muito cuidado para que não fosse dissecado publicamente, mas agora isto é necessário, por uma questão de sobrevivência política.
O povo quer saber se houve problema na compra dos tratores para o programa eleitoral MT 100% equipado.
Se a história dos precatórios ou Cartas Marcadas é invenção da oposição ou isso ocorreu de fato.
Se o governador atual recebeu as contas do Estado redondinhas ou não.
São respostas fundamentais para o futuro político do governador atual.
O cofre do Tesouro do Estado está vazio. Essa complicada operação financeira autorizada pela presidente, sairá ou não?
É importante que a população saiba que, no momento, o Estado está quebrado, e que o governador está desesperado tomando providências que dependem de terceiros.
O nosso nível de endividamento furou o teto com as obras da Copa (campo de futebol).

Gabriel Novis Neves
07-06-2012

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