domingo, 3 de junho de 2012

A Internet e a intimidade mental


Dentre todos os avanços tecnológicos dos últimos setenta anos, com certeza, nenhum foi tão importante para a Humanidade quanto a Internet.
 Através dela conseguimos, em fração de minutos ou segundos, exercitar o milagre da comunicação.
 As inúmeras missivas trocadas longamente pelos amantes através dos séculos demandavam tempo, disponibilidade, e, principalmente, dificuldade de verbalização que a moral vigente exigia.
Atualmente, graças à Internet, temos chance de viver “a intimidade mental” bem antes da física, o que me parece de extrema importância nas relações amorosas.
Talvez isso esteja contribuindo para o resgate das emoções que um simples olhar ou um leve toque de mãos desencadeava nas pessoas que vivenciaram os anos 50, 60 e 70, tão bem descritos em verso e prosa.
Com a vinda dos tempos modernos, o triunfo absoluto do consumismo se estabeleceu como prioridade, carregando de roldão os seres humanos nesse terrível processo de descarte.
As emoções são buscadas de uma maneira rápida, sem vínculos prévios, sempre através de álcool, drogas e substâncias químicas, como se elas pudessem desencadear essa “intimidade mental” tão necessária para que ocorra a “plena intimidade física”.  
O grande órgão sexual humano chama-se “cérebro”, onde tudo se desencadeia ou se bloqueia.
Quem sabe um dia a Humanidade atente para isso e volte a lidar com o desejo de uma maneira mais correta fisiologicamente e, com certeza, muito mais prazerosa.

Gabriel Novis Neves
16-05-2012

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