Dentre
todos os avanços tecnológicos dos últimos setenta anos, com certeza, nenhum foi
tão importante para a Humanidade quanto a Internet.
Através
dela conseguimos, em fração de minutos ou segundos, exercitar o milagre da
comunicação.
As
inúmeras missivas trocadas longamente pelos amantes através dos séculos
demandavam tempo, disponibilidade, e, principalmente, dificuldade de
verbalização que a moral vigente exigia.
Atualmente,
graças à Internet, temos chance de viver “a intimidade mental” bem antes da
física, o que me parece de extrema importância nas relações amorosas.
Talvez
isso esteja contribuindo para o resgate das emoções que um simples olhar ou um
leve toque de mãos desencadeava nas pessoas que vivenciaram os anos 50, 60 e
70, tão bem descritos em verso e prosa.
Com
a vinda dos tempos modernos, o triunfo absoluto do consumismo se estabeleceu
como prioridade, carregando de roldão os seres humanos nesse terrível processo
de descarte.
As
emoções são buscadas de uma maneira rápida, sem vínculos prévios, sempre
através de álcool, drogas e substâncias químicas, como se elas pudessem
desencadear essa “intimidade mental” tão necessária para que ocorra a “plena
intimidade física”.
O
grande órgão sexual humano chama-se “cérebro”, onde tudo se desencadeia ou se
bloqueia.
Quem
sabe um dia a Humanidade atente para isso e volte a lidar com o desejo de uma
maneira mais correta fisiologicamente e, com certeza, muito mais prazerosa.
Gabriel
Novis Neves
16-05-2012
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