quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Quem diria!

A crise econômica que assusta o mundo teve a sua origem no Tesouro Americano.

Tudo começou com o desejo manifestado do atual presidente em concorrer à reeleição.

Que mania essa gente tem de desejar continuar em um cargo tão espinhoso e desgastante por mais quatro anos!

No Caribe existe um presidente democrático que está no poder há mais de cinquenta anos, para a felicidade do seu povo e vizinhos.

Perder uma eleição estando no poder, só se o governante for muito bobo.

Aí aconteceu toda essa confusão, que tem como centro os Estados Unidos da América do Norte - acredite se quiser.

A Europa foi violentamente atingida pela crise e houve respingos por aqui. No comentário do empresário e investidor Eike Batista: “Meu sangue está geladérrimo.”

Com essas incertezas internacionais, o governo brasileiro bancou generosos cortes lineares no seu deficitário orçamento, e deu ordens para que todos os projetos em vias de licitação com erros de digitação, fossem imediatamente retirados do orçamento.

Não há dinheiro suficiente para bancar projetos de campanha eleitoral.

Agora acabou a fantasia e a empolgação. Pela frente, a dura realidade de um país que precisa se desenvolver para ser competitivo, mas não está preparado.

Únicos movimentos, além dos cortes orçamentários que atingiram vitalmente saúde, educação e segurança pública, só percebemos nas políticas para a liberação dos recursos de emendas parlamentares e nas discussões sobre a próxima Copa.

Mesmo com esse quadro na economia mundial, permitindo voos só por instrumentos, existe um otimismo nas cidades sedes com relação aos megas investimentos prometidos para essas cidades.

Existe um sentimento de unanimidade com relação a todo esse esforço que ficará como legado à nossa querida capital.

O que preocupa alguns cuiabanos, é que o tempo está passando, e até agora não temos o direito ao otimismo.

Repetindo, o governo Federal está sem dinheiro. A presidente, diante de tantos problemas sociais que uma ex-revolucionária sensibiliza-se para resolver, como a miséria, não demonstra a menor emoção com obras faraônicas da construção de Arenas.

Deu prazo até 31 de dezembro para as cidades sedes apresentarem os seus projetos para receber os minguados recursos federais.

Algumas decisões já são definitivas - se o mundo não aumentar a sua velocidade de rotação.

Para 2014 ficaremos com o puxadinho no aeroporto, tá Romário?

As vias aéreas dos elevados urbanos ficam para outra oportunidade.

O polêmico transporte modal BRT ou VLT, ainda precisa de uma definição do governo atual.

Para o anterior – BRT, existem recursos no orçamento, mas faltam para desapropriações.

Para o VLT - preferência do atual - não existem recursos federais, tampouco estaduais e municipais, além do projeto.

Para a área social, apenas uma OSS cuidando de um pequeno hospital em Várzea Grande.

A esta altura, o único legado que a Copa nos deixaria além da publicidade, sempre uma arma com dois cortes, seria um monstruoso elefante branco - já apelido de Arena Pantanal.

Essa crise mundial iniciada na Casa Branca do Obama, associada com a operação Faxina gerada pelo governo anterior, são os legados que poderão justificar recursos prometidos para Cuiabá, e não cumpridos.

São Benedito é grande, e irá falar diretamente com a presidente, que em seis meses de governo perdeu (!) os seus apoiadores aqui.

Quem diria!

A crise americana acabou em Cuiabá.

Gabriel Novis Neves

17-08-2011

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