quinta-feira, 4 de agosto de 2011

GPS

Governo Popular Socialista. Teoricamente é aquele comprometido com a classe social dominante: os pobres e os miseráveis. Os seus líderes são oriundos de lutas revolucionárias contra a injustiça social.

Na América Latina, o Brasil segue o modelo implantado, há meio século em Cuba, e agora na Venezuela.

Em Cuba, o sucesso foi enorme, traduzido no expressivo número de assassinatos por fuzilamento, fugas por barcos para os Estados Unidos da América do Norte e outros países democratas.

Os que ficaram, sofrem com uma repressão de mais de cinquenta anos, levando-os também à morte.

O modelo cubano é tão perfeito, que sempre foi dependente de outros países. Quando a Rússia não era capitalista, mandava muito dinheiro para o Comandante.

Hoje é o coronel do petróleo que, inclusive, escolheu a ilha para tratamento de saúde por motivo de segurança.

Se o nosso conservador vice-presidente da República está com um especial dispositivo de segurança, incluindo garçom com uniforme diferenciado e provador da sua alimentação, imaginem o coronel doente, mesmo no popular hospital socialista Sírio Libanês.

O bispo do Paraguai, e todos os nossos políticos socialistas, são pacientes do Sírio.

Os conservadores preferem o hospital popular Albert Einstein.

O nosso país está tão comprometido com a bandeira do popular socialismo, que desacelerou o programa Fome Zero e colocou como meta de governo a eliminação da miséria.

O melhor marcador social é o medicamento. Ele nivela pobres e ricos. Para baixar uma temperatura corporal, é utilizado o mesmo remédio para todas as classes sociais, e tem que estar ao alcance dos necessitados.

O governo federal, acertadamente, criou a Farmácia Popular do SUS. É uma rede que não fornece cobertura a toda população brasileira, e o número de produtos ofertados é bastante reduzido.

Mas é o início de um programa de um governo popular socialista, não fosse o regulamento para esses medicamentos básicos chegarem ao necessitado.

Acreditem se quiser! Se alguém for à Farmácia Popular do SUS, com receita médica, mas o paciente não for, não há atendimento, mesmo com o sistema no ar.

A orientação é trazer o miserável de carroça até a porta da farmácia para a sua identificação.

Este brasileiro, digno de piedade, é obrigado também a se recadastrar no INSS, para provar que está vivo!

Do contrário, não recebe o seu mísero benefício mensal, bem inferior a uma diária de um socialista popular em final de semana para compromissos culturais no Rio de Janeiro.

Enquanto o social anda assim neste país dos absurdos, a corrupção, de mãos dadas com a impunidade, está tranquilamente instalada no topo do poder!

Os responsáveis pelos recentes escândalos de governos loteados, ocupam postos técnicos, muitas vezes, sem nenhum mérito e despidos de ética.

Servem apenas de biombo para as quadrilhas parasitas do poder, e para dificultarem a vida da maioria da população, que são os "doentes corruptos" que se apropriam indevidamente de medicamentos existentes no SUS, para não morrerem.

Enquanto isso, certos políticos, artistas, jornalistas, escritores e desocupados, recebem indenizações milionárias e aposentadorias de marajás, sob alegação de perseguidos políticos.

A última ditadura militar durou 21 anos. A República popular Socialista completou 26, e até agora ninguém fala em indenizar as vítimas do achatamento dos salários, da eliminação da classe média, do sucateamento da educação, da saúde, da segurança pública, da infra-estrutura e do aumento espetacular da classe dos ricos instantâneos, com genética no poder.

Até quando iremos esconder a nossa estupidez social?

Estamos mais para um governo de botox que de popular socialista.


Gabriel Novis Neves

19-07-2011

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