terça-feira, 30 de agosto de 2011

GOVERNO

O atual ocupante do Paiaguás sabia perfeitamente o que estava herdando do governo de quebra de paradigmas.

Foi vice no segundo mandato, com uma atuação marcante na administração do Estado, que se preparou para ser uma das subsedes da Copa 2014.

Está no comando do Estado há quase dois anos, administrando o que sobrou do botox utilizado no governo anterior como estratégia de administração eficiente.

Passado o tempo, temos um governo sem condições de administrar, ao menos, os nossos problemas mais prementes.

Estamos mal na educação, saúde, segurança, infra-estrutura, serviços, salários e, principalmente, na auto-estima da nossa gente - que não acredita mais nos nossos homens públicos.

Até o apressado visitante percebe que a nossa área social não faz parte das prioridades do governo da continuidade.

As greves se sucedem em órgãos vitais da administração e o governo não possui um interlocutor qualificado, e sem arrogância, para as negociações próprias do processo democrático.

Dentro dessa tragédia toda herdada, e má administrada, a segurança pública, de todos os nossos males, é o maior. Seria até o caso de solicitar a intervenção de forças federais para o grande Morro do Alemão em que Cuiabá foi transformada.

A violência e a ausência da polícia imperam na cidade. As grandes vítimas são os que trabalham gerando emprego e riquezas. Os assaltos a bancos, indústrias, comércio, acontecem com hora marcada. Os homicídios diários nunca são esclarecidos.

A verdade é que não temos mais a quem reclamar.

Para sair de casa com garantia de voltar, só se for governador, que tem, para a sua segurança pessoal, da sua família e de suas propriedades, mais policiais à sua disposição, do que para proteger a nossa faixa de fronteira e regiões, como o vale da matança de prefeitos.

A audácia dos criminosos diante desse governo que está aí, fazendo não se sabe o que, chegou ao cúmulo de nem usarem máscaras para se protegerem.

Provavelmente contam com proteções mais eficientes.

Até quando iremos suportar viver numa cidade e Estado que não respeitam os seus cidadãos que trabalham e pagam impostos? A paciência da população se esgotou diante de tanta incompetência do governo, herança do engodo que fomos vítimas.

Conseguiram transformar a nossa terra em um triste garimpo, onde a lei é o 44. Nem circo funciona sem segurança, e nem sabemos quem é o responsável por uma administração tão loteada. Tem gente sendo assassinada, morrendo e fugindo desta terra. Quem fica, está com medo.

É esse o clima programado para esse restinho de governo?


Gabriel Novis Neves

20-08-2011

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