O governo do Estado, após sucessivos desmandos na nossa saúde pública, deseja que a população acredite que a melhor solução para corrigir erros cometidos é terceirizar o presente para esquecer o passado.
Usam de um velho recurso de retórica, que já beneficiou muito velhaco: “Pior do que está não fica.”
Esse slogan foi aproveitado pelo Tiririca, fazendo-o arrecadar mais votos que toda a representação federal do PR de Mato Grosso.
A prefeitura da ex-Cidade Verde também está utilizando essa fala para privatizar a Sanecap.
É incrível como ninguém mais pensa! A alegação é falta de tempo para pensar.
Isso faz aparecer os gurus, pagos para pensarem pelos nossos ocupados gestores públicos.
Seguindo a cartilha do menor esforço diante da menor dificuldade, partem logo para a privatização dos nossos serviços públicos, repetindo Pôncio Pilatos.
Será que existem pessoas mais inteligentes do que outras?
Discordo totalmente dessa teoria.
A questão é: pensar traz angústia, sofrimento e responsabilidade.
Especialmente quando estamos em um contexto de crise, de falta de ética, em um Estado totalmente loteado com os tais partidos da base de sustentação política do governo.
É moda o governo repetir a exaustão que seus atos são transparentes. O difícil é encontrar alguém que acredite.
Basta escutar quem fala em transparência e ética para a credibilidade zerar.
Tem muita gente no governo, especialmente, falando em ética, mas o comportamento que apresenta está totalmente fora desse foco.
Símbolo desse momento histórico é a inovadora operação faxina da Presidência da República.
A população brasileira cobra coerência dos nossos políticos, mas eles não estão dispostos a fazer opções dolorosas emocionalmente, que é pensar.
Veja o caso do nosso Estado, em que os nossos governantes viviam de beijos e abraços quando possuía um representante no primeiro ministério da faxina.
Bastou sair o indicado pelos homens daqui, para abraços e beijos virassem beicinhos de inimizade.
Tudo isso aconteceu por falta de tempo para pensar.
Pensar que os recentes escândalos aconteceram por falta de se pensar nos menos favorecidos e mais necessitados.
O Brasil precisa pensar no coletivo e esquecer interesses particulares.
O governo gasta fortuna com propagandas, muitas vezes desonestas, por falta de parar para pensar.
Fica difícil exigir honestidade da sociedade, quando a corrupção só existe porque existe o corruptor.
A faxina em Brasília poderia ser uma esperança com a criação da CPI - para a sociedade acreditar que agora começaram novos tempos -, e tem que continuar.
Para isso o Brasil tem que pensar.
Gabriel Novis Neves
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