segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mês de cachorro louco

Está longe aquele agosto conhecido como o mês do cachorro louco. Não só o cachorro está louco, mas o mundo todo.

A forte economia americana faliu e a terra do Tio Sam pensa em dar calote em seus credores. Um loiro, não muçulmano, mata dezenas de inocentes na Noruega, em ato do mais puro terrorismo. A bela da França está esperando neném e o príncipe da Inglaterra, enfim, casou-se com a bonita plebéia.

Os muçulmanos do Oriente Médio estão em luta fratricida. Lá, os soldados são contratados pelos ditadores, como contratamos pistoleiros para serviços especializados.

A China tem muito dinheiro nos Estados Unidos da América do Norte, o suficiente para comprar o império falido de porteira fechada, com direito a um brinde, que é levar o seu charmoso presidente.

A vida no Japão está cara, mas mesmo assim, ainda tem brasileiro fazendo turismo por lá, para, na volta contar que o preço do cafezinho é superior a de um filé.

A exportação do pozinho branco e da erva alucinógena entra no Brasil pelo nosso Estado, até chegar aos grandes centros consumidores internacionais.

Na terra de Cabral (Pedro e não Sérgio), em seis meses de governo da continuidade, foram deletados pela presidente, três ministros de Estado. Dois por comportamento não republicanos e um por falta de modos para conversar, ao se referir às suas colegas.

A conta de luz do Ministério dos Transportes diminuiu muito. Afinal já foram demitidos vinte e oito assessores, até então imprescindíveis. Dizem que esse bloco, projetado por Oscar Niemayer, virou ponto de turismo em Brasília. Todas as noites multidões se aglomeram em frente ao prédio para contar o número de salas apagadas.

A presidente inovou nas demissões. Pela primeira vez no Brasil é utilizado o sistema conta-gotas, e não, pacotes para mandar o pessoal embora. Em todos os Ministérios acusados de corrupção, o ministro terá que ir ao Senado se explicar. Como temos mais de trinta, este ano estão encerrados os trabalhos no Senado.

Não vale a pena falar do cachorro louco aqui no nosso Estado. A pauta de preocupações cada dia aumenta mais. São tantas as greves em serviços essenciais, que o Estado tornou-se ingovernável.

A matança de prefeitos e a violência aumentando diariamente, nos fez esquecer as greves dos detetives, escrivães de polícia, o povo do DETRAN, Sema e a insustentável situação da nossa educação e saúde.

Por mal dos pecados, a COPA 2014, que era para nos auxiliar, foi transformada em mais um complicador: as torneiras dos recursos federais fechadas, a Prefeitura falida, o Estado sem conseguir os recursos federais prometidos e os empresários fugindo das sonhadas parcerias.

O cachorro louco está solto. E ainda tem gente que não acredita nele.

Gabriel Novis Neves

08-08-2011

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