terça-feira, 24 de maio de 2011

PRIVATIZAÇÃO

Há alguns anos, as empresas do Estado estavam dando tanto prejuízo, que o governo resolveu vender parte delas. Esse período ficou conhecido como o período das privatizações. Inúmeras empresas estatais, que operavam no vermelho e não tinham mais condições de competição no mercado, foram privatizadas.

Algumas resistiram e provaram ser possível administrar uma estatal competitiva no mercado internacional e gerar lucros. Um dos exemplos é a nossa Embraer.

Os compradores das nossas estatais falidas conseguiram, em curto espaço de tempo, torná-las rentáveis. As que não foram vendidas faliram. Um dos exemplos mais recentes é o caso do BEMAT. Está na memória de todos nós a sua morte.

A sua irmã CEMAT continua viva, mas o Estado vendeu.

Na época era chique falar em privatização e os governos subsequentes aprovaram a medida, que, conforme alguns dizem, foi a salvadora da nossa economia. Outros, entretanto, guardam profunda mágoa desse negócio. Chamam essas vendas de maracutaias.

Os serviços sociais, por enquanto, estão com o governo - educação, saúde, segurança.

Os resultados são os piores possíveis. No ranking mundial estamos pessimamente avaliados em todos aqueles quesitos.

Os serviços prestados pelo Estado têm uma logomarca terrível: DAS (Direção de Assessoramento Superior). Esses DAS são conhecidos como cargos para barganha política. Os seus milhares de ocupantes não fazem concurso e o que menos interessa para o preenchimento da vaga é o mérito. Vale o QI (Quem Indica).

Os salários são também superiores aos dos concursados.

Quando o próprio Estado reconhece a sua incompetência para administrar o que a Constituição Federal diz ser da sua competência, então se dá um jeitinho. E o jeitinho encontrado para tentar solucionar o caótico problema da Saúde Pública – já que este serviço não pode ser vendido à iniciativa privada – foi fazer uma gambiarra com as Organizações Sociais de Saúde (OSS).

Estou torcendo para que esse arranjo com as OSS dê certo. Só assim teremos condições de reivindicar outras privatizações.

Que tal uma OS para tomar conta do governo do Estado?

Podemos até nos apropriar da mesma justificativa utilizada pelo Estado para entregar os nossos hospitais às OSS: “Pior do que está não fica.”

Teremos menos despesas e mais eficiência nos serviços. Se a experiência resultar em ganhos para a população, poderemos até pensar em entregar às Organizações Sociais os nossos outros poderes.

O povo ficaria feliz, o Estado com mais recursos, menos escândalos e livre dos nossos políticos.

Mato Grosso para as Organizações Sociais, já!

Gabriel Novis Neves

19-05-2011

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