sábado, 21 de maio de 2011

Código Florestal

Maio ficará conhecido como o mês da discussão na Câmara Federal do novo Código Florestal. Durante dois anos o ex-presidente da UNE, agora deputado federal pelo PCdoB de São Paulo, estudou e corrigiu a nova proposta, no país que tem a legislação ambiental mais rigorosa do mundo.

O nosso Congresso está dividido entre ruralistas - título corretamente político dado aos mega fazendeiros ou seus representantes -, e os chamados ambientalistas.

O governo tem maioria folgada para aprovar qualquer projeto, mas está em dificuldades em aprovar este.

Na iminência de uma derrota, o governo retirou de pauta a votação, preferindo o bate boca dos corredores, quando o antigo líder estudantil partiu violentamente contra a ex-senadora do Acre, e que representa 20 milhões de brasileiros.

Só não disse que ela é comunista.

A nossa presidente, com tantos problemas herdados, sendo os maiores deles a inflação embutida e a Copa do Mundo, com receio de ser taxada de inimiga da natureza, resolveu não entrar nessa briga com os seus aliados, e a opinião internacional.

Nós sabemos o ônus que representou para o nosso Estado o prêmio recebido - Troféu Motosserra de Ouro.

Culminou com a demissão da então ministra do Meio Ambiente.

Enquanto isso, os alemães estão preocupados em oferecer condições dignas às galinhas poedeiras.

Nós discutimos no Congresso Nacional, sem consenso, o futuro dos nossos rios, florestas, mata nativa e a nossa riquíssima fauna.

No momento, vemos caminhões transportando toras de madeiras; florestas transformadas em pastos; rios sendo desviados para instalações de usinas hidrelétricas; cidades incendiadas pelas queimadas; a expulsão da população rural pela plantação da soja, algodão, milho e feijão.

Quando teremos educação para entender a importância que representa para uma nação cuidar do seu meio ambiente como investimento para o futuro das novas gerações, e não como títulos nobres tão transitórios?

O novo Código Florestal não pode ter ideologia, a não ser, a herança desse patrimônio às nossas futuras gerações.

Gabriel Novis Neves

17-05-2011

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