Certa ocasião perguntaram a um célebre escritor americano qual era sua fonte inesgotável de inspiração.
Com a simplicidade dos sábios, e despojado de qualquer sentimento de vaidade, respondeu: “Antes de escrever um livro vou sempre aos hospitais e converso com os médicos e com os pacientes”.
Perdemos recentemente um extraordinário colega e escritor.
Iniciou sua vida profissional como clínico. Atuou por vários anos nessa área, inclusive em um sanatório. Após essa experiência se dedicou à saúde pública. Encontrou ali o seu sacerdócio, e se dedicou a ele pelo resto da sua vida profissional.
Apaixonado pelo ser humano e pela missão de cuidar, o médico e escritor Moacyr Scliar (1938-2011), encontrava na sua rica experiência de vida a fonte de sua inspiração.
Foi professor, sanitarista e ocupava, desde 2003, a cadeira nº 31 da Academia Brasileira de Letras (ABL).
Ele nos dizia que “sempre lia muito para saber como pensavam os médicos do passado, sobretudo aqueles que enfrentavam doenças endêmicas e epidemias. É o tipo de conhecimento que ensina muito e que neutraliza um pouco da inevitável arrogância profissional.”
Deixa-nos um legado de mais de 70 livros publicados. Em quase todos eles fazia alusão à sua profissão de médico.
Era um homem digno esse gaúcho formado em 1962! Tinha duas grandes paixões na vida: a saúde pública e a história da Medicina.
Assim era Moacyr Scliar.
Gabriel Novis Neves
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