No esporte costuma-se dizer que o importante é competir. Vitória ou derrota são contingências que devem ser aceitas com espírito olímpico Não existem vencedores e perdedores, e sim, pessoas preparadas para o grande jogo da vida.
Já na economia, só vale ganhar e ganhar, e muito. Perder? Jamais! Estes ficam fora do jogo.
O Brasil possui a 8ª economia do mundo, mas acaba de perder preciosos pontos no quesito competitividade. Imediatamente foi punido com o rebaixamento. O importante é competir, no esporte, mas esta máxima não se aplica à economia.
O comércio, se sofistica cada vez para enfrentar a competição.
O esporte também, com novos exercícios, fisiologistas, fisioterapeutas e nutricionistas, como armas da competição.
No comércio, esse processo é irrigado com muita criatividade e marketing.
A rede Sofitel de hotéis, em número aproximado de cento e vinte espalhados pelo mundo, anunciou que vai criar aromas exclusivos em seus ambientes.
Antes do lançamento dessa novidade, que, com certeza, aumentará a sua competitividade, o hotel recebeu gratuitamente uma publicidade mundial: o agarra-agarra do poderoso diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), com a recém chegada camareira da Guiné. Imagino que, com o aroma exclusivo.
Não sei se o aroma produz efeitos afrodisíacos e de enchimento de sangue dos corpos cavernosos.
O Sofitel daqui para frente, será conhecido, não apenas como um excelente hotel francês, mas também como o hotel destruidor de sonhos políticos.
A camareira da Guiné, trabalhando nos Estados Unidos, colocou o famoso ex-candidato ao governo francês na cadeia, e produziu a demissão do detentor de um dos cargos mais cobiçados do planeta.
Logo fiz associação com o caseiro do Piauí, que trabalhava em uma residência na região do Lago, em Brasília.
Lá, cadeia. Aqui, caminho aberto para o enriquecimento, com o direito de não dar explicações sobre como ganhar tanto dinheiro em consultorias, especialmente em ano eleitoral.
No século da competição e tecnologia, o homem é o perdedor. O vitorioso é a máquina, comedora dos postos de trabalho, e da ética.
A lengalenga continua, com explicações e exemplos de erros antigos, como se um erro pudesse justificar o outro.
Li o anúncio de um livro feito às pressas, para ser lançado nos Estados Unidos, sobre os dez maiores escândalos sexuais envolvendo políticos importantes no século XX.
Sobre o diretor do FMI, está nas bancas: “Eu e a Camareira”- é o título em português.
Apesar de tudo, acho que o ganhador, no Brasil, do prêmio lengalenga, será o termo flexibilidade. É a bola da vez, como dizem. Todo brasileiro e brasileira estão, ou vão, flexibilizar. Que o diga a nossa presidente, a pioneira em flexibilização. A moda pegou, e para flexibilizar o tempo de quem está lendo esta lengalenga, vou flexibilizar, e ficar por aqui.
Gabriel Novis Neves
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