sábado, 14 de maio de 2011

AEROPORTO

As declarações recentes do presidente da FIFA, Joseph Blatter, foram de advertências ao Brasil, que está pensando que a Copa do Mundo será amanhã, quando a Copa é hoje.

Foi um pito que o mandatário maior do futebol mandou, impressionado pelo atraso das obras para o maior evento esportivo do mundo.

Por aqui, logo surgiram os desmentidos de praxe, com protestos e pedidos de esclarecimentos ao responsável pelo evento, por tamanha indelicadeza.

A verdade, é que ele tem toda a razão, e só não está desesperado por ter hoje em suas mãos um perfeito e pronto plano B, para entrar em operação agora.

Todos os que estiveram na última Copa do Mundo na África sabem que a escolha foi eminentemente política, e passará à história das Copas como a Campeã da desorganização.

Há, porém, um ponto em que eles foram imbatíveis: aeroportos. Muito antes da Copa estavam operando com as mais modernas tecnologias, não deixando nenhum turista sentir saudades dos seus países.

Ao saírem do hotel, tudo o que o turista via era de país em desenvolvimento.

Os seus caríssimos Estádios de futebol foram praticamente inaugurados com os jogos em andamento, e não ofereciam ao turista nada, além do excelente gramado.

Pois bem, o Brasil está atrasadíssimo com o cronograma assinado com a FIFA - mais atrasado do que a África do Sul.

Sonhos de projetos temos para dar, vender e exportar, mas infelizmente para serem realidade, precisam de dinheiro.

O governo Federal ficou com a responsabilidade técnica e financeira, de ampliar, reformar e modernizar os aeroportos das 12 cidades-sedes da Copa do Mundo 2014.

Muitas dessas obras, porém, ainda não saíram do papel e, pelo menos nove delas, só terão início no meio do primeiro semestre de 2012, salvo imprevistos.

Em obras apenas os de Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Galeão (Rio).

A reforma, ampliação e, o ideal, a construção de um novo, ficará para a rapa do tacho.

Enquanto esperamos pelo dia prometido, pedreiros estão colocando parte do teto que desabou durante a última chuva de São José no nosso chamado Aeroporto Internacional, pelo intenso tráfico aéreo de aviões de pequeno porte, dos nossos irmãos bolivianos.

O puxadinho está cheio de tapumes quebrando o galho.

O salão de embarque, desembarque e espera de passageiros em trânsito, é um verdadeiro muro das lamentações.

Especialistas acham que agora é tarde, não teremos aeroportos para a Copa do Mundo 2014.

Gabriel Novis Neves

04-04-2011

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