quarta-feira, 18 de maio de 2011

GASTOS

Estamos a três anos da Copa do Mundo. Os problemas enfrentados pelo Brasil para cumprir as determinações da FIFA, é assunto dominante na mídia. Sem falar que daqui a dois anos estaremos sediando a Copa das Confederações, que é uma mini Copa.

A FIFA já alertou as nossas autoridades - que parecem estar dormindo no ponto. Na opinião do dirigente máximo do futebol mundial, o Brasil pensa que a Copa será amanhã, e ela é hoje.

Os desmentidos oficiais diante dos fatos são típicos daqueles que não estão fazendo o dever de casa como foi combinado.

O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – ligado à Presidência da República), constatou que será quase impossível, para a maioria dos Estados que irão sediar a Copa, a reforma dos seus péssimos aeroportos até 2014. Na ocasião o IPEA confirmou que o aeroporto de Cuiabá ficará pronto para a Copa do Mundo da Rússia em 2018!

A FIFA está muito preocupada também com as Arenas.

E, nós cuiabanos, estamos apavorados! Pois plantaram, na crença popular, que todos os nossos crônicos problemas seriam resolvidos com recursos federais em curto espaço de tempo. Só para destacar dois: saneamento básico de Cuiabá e Várzea Grande e mobilidade urbana - com implantação do que existe de mais moderno no mundo em transporte coletivo.

A rede hoteleira seria multiplicada por não sei quanto, assim como o de restaurantes.

Com todas as obras prometidas, o turismo seria incentivado. Atrairia turistas de todo o mundo, com o conforto e a segurança que eles exigem - especialmente aqueles admiradores do turismo ecológico.

Até um novo Hospital Universitário Federal entrou na cota dos recursos da Copa para melhorar o aumento de oferta de leitos hospitalares aos turistas...

Estrangeiro não faz turismo em regiões sem assistência médica e segurança, produtos que faltam na nossa ex-Cidade Verde.

Para a execução desses projetos precisamos de dinheiro. Não se faz obras com discursos e promessas. Há necessidade de esse dinheiro aparecer, coisa que até agora ninguém viu.

As prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande nem dinheiro para a coleta de lixo possuem. O PAC I não prestou para essa duas cidades irmãs. O PAC II está trazendo recursos pelo trem.

O governo do Estado parece, apesar de afirmar que tem grana, ter gasto tudo com a demolição do Verdão e elaboração de anteprojetos (centenas). Estes precisam de recursos para ser transformados em realidade.

Só agora encontraram o modelo ideal para administrar a Agência da Copa!

E os compromissos do governo Federal, com relação ao programa de salvação de Cuiabá, chamado de Copa 2014?

O projeto prioritário da presidente é acabar com a miséria no Brasil.

Para a execução desse grande projeto social, e que se faz com dinheiro, sua primeira medida foi meter uma tesoura nos gastos públicos.

O primeiro corte foi de R$ 50,1 bilhões de reais. Os ministérios mais atingidos foram os do Turismo e Esporte. Em sexto lugar ficou o das Cidades.

Exatamente três ministérios importantes no projeto da Copa.

A prioridade da presidente, e está certíssima, é tentar acabar com a miséria desta nação.

Só se fala nos monstruosos investimentos para a criação de alguns elefantes brancos – Arenas -, em Estados onde não se pratica futebol.

Para construir uma nova capital em Mato Grosso, utilizando a Copa como justificativa, não haverá torneira aberta em Brasília. Ainda agora soube que, para recuperar toda a malha viária da velha capital - num super esforço do governo do Estado e do Municipal -, estão sendo investidos apenas 40 milhões de reais na famosa operação tapa-buracos, com prazo de validade até as próximas chuvas.

A duplicação da pista até a entrada para o balneário do Manso está virando pó, com seis meses de utilização.

Asfalto aqui no meu Estado sempre foi uma obra chamada de abafa poeira.

Por essa e outras temo pelo sonho dos cuiabanos, que nunca foi o da Copa, e sim, o da recuperação da sua cidade, com um grande Hospital das Clínicas.

Gabriel Novis Neves

23/04/2011

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