Quando soube que o nosso vizinho Estado do Pará seria fatiado para dar origem a dois novos Estados, fiquei mais tranquilo. Por enquanto, esta história sobre a nova divisão do nosso Estado, deve cair no esquecimento.
Acho bom acontecer este fatiamento, e a minha preferência seria pelo surgimento de dois novos Estados, e não, Territórios. Sendo Estados, os políticos de todo o Brasil, sem votos e muito dinheiro, iriam se aventurar a uma cadeira no Senado ou na Câmara dos Deputados.
Existe até escritório especializado em fornecer atestado de residência para estes casos. A sede da empresa fica no Estado que expulsou os holandeses, obrigando-os a fundar Nova Iorque. Mas alegria dura pouco. Não é que lendo os jornais, fiquei sabendo que estão negociando a venda da dívida do nosso Estado para o Banco Safra?
Segundo meu consultor econômico e político, o Brasil não irá acabar, muito menos o nosso Estado, nesses próximos cem anos.
Claro que o Banco Safra, que tem dois mil anos de tradição em trabalhar com sucesso concedendo empréstimos aos necessitados, também não irá desaparecer.
Essa gente é danada mesmo! Tentou primeiro criar em Mato Grosso o Estado do Araguaia, que só não se concretizou pela briga que houve com relação à escolha da cidade que seria a capital do novo Estado.
Agora reinventaram esta história de renegociação. Renegociar aquilo que devemos. Já aconteceu muito por aqui, e, de todas as vezes que isto aconteceu, ficamos mais pobres e devendo mais.
Há dez anos, se não me engano, houve uma renegociação dessas com bancos brasileiros. O governo passado trabalhou e reclamou muito sobre as parcelas altíssimas que todos os meses éramos obrigados a pagar. Procurou bancos estrangeiros, mas a negociação não deu certo, apesar de amplamente divulgada como assunto liquidado.
O governo atual, que completou um ano, acha que é impossível falar em investimentos neste Estado pagando mensalmente essas prestações que comprometem, e muito, o nosso desenvolvimento.
Agora veio a notícia oficial: “Os Safras comprarão nossas dívidas, recebendo como garantia o nosso Estado”. Mais uma vez revemos o velho filme de empurrar os nossos crônicos problemas com a barriga.
Uma curiosidade: se o negócio for fechado, com esticamento das prestações, o que acho difícil, a capital do Estado de Mato Grosso ficaria em que país?
Gabriel Novis Neves
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