sexta-feira, 27 de maio de 2011

KHDA

Ao sair da academia de ginástica, ouço pela Joven-Pan um comentário de José Nêumanne sobre a khda do presidente da Câmara dos Deputados.

Para proteger a não convocação do ex-ministro da Fazenda - aquele que quebrou criminosamente o sigilo bancário de seu caseiro, por ter visto e denunciado as suas visitas, e por isso perdeu o cobiçado ministério - mobilizou toda a guarda armada da Câmara.

O objetivo era impedir a entrada de deputados nas salas de reuniões das comissões que discutiam a última do ex-médico do PSF do interior de São Paulo, sobre o seu enriquecimento lotérico.

Quando saiu do Ministério da Fazenda, moralmente abatido, ele montou uma empresa de consultoria financeira, do tipo que vende facilidades junto ao governo. O negócio é tão escabroso que a sua fortuna, nos últimos quatro anos, chegou a assustar meio mundo, menos ao seu antigo caseiro.

Nessa consultoria, segundo seus defensores, é proibido revelar o nome dos clientes.

A situação foi tão constrangedora, que nunca, jamais, nem antes, neste país e no mundo, se viu algo semelhante.

A cena foi tão ridícula que virou chacota nacional. Os deputados, impedidos de entrarem em suas casas, que é o Congresso nacional, se viram como aquele patrão que paga um segurança para protegê-lo, e este não o deixa entrar na sua casa.

Foi uma khda do presidente da Câmara para ninguém botar defeito. É a chamada khda histórica.

Por aqui as khdas são tantas, que as mais recentes merecem citação.

O nosso governador anunciou que assumiria o comando da Saúde Pública de Cuiabá e Várzea Grande.

Depois foi a Brasília comunicar ao Ministro da Saúde sobre a sua decisão. Por acaso, o atual Ministro é médico, professor da Universidade de Campinas, ex-deputado federal e ministro político.

Quando falou ao ministro médico em saúde pública, que havia assumido o comando das duas maiores cidades de Mato Grosso, e que por isso precisava de recursos, pois iria pagar pelos serviços três tabelas do SUS, este lhe respondeu: “Fizestes a maior khda do seu governo. Não dá para limpar com papel higiênico, já que não há nada ainda oficial?”

A nossa professora da UFMT, primeira senadora da nossa história, que não aceitou a aposentadoria de deputada estadual, salvou o presidente aviador do mensalão e o poeta da Academia Brasileira de Letras da cassação - foi expulsa do seu partido.

Todo mundo comenta que khda como essa, em política, é difícil de acontecer. Que khda! É o que mais se ouve nos meios políticos daqui.

Fazer inovações tecnológicas em Cuiabá, sem uma permanente fiscalização, é khda na certa. Colocaram na rua onde moro uma faixa amarela, à esquerda do fluxo do trânsito. Parabéns pela medida preventiva, que salvará vidas, mas no trecho onde moro, por falta de fiscalização, já deu khda.

Uma montoeira de carros já ocupa esses lugares proibidos. Mas a grande khda foi a colocação de lombadas.

É incrível que a nossa população, diante de tantas khdas dos nossos governantes, ainda consegue engoli-los.

Essa é a pior khda.



Gabriel Novis Neves

20-05-2011

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