terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Equilíbrio

O povo sempre escolheu, e bem, os seus representantes.

Pelé, e outros iluminados, é que vive gritando por aí que gente humilde não sabe votar.

Sabe sim - e muito bem.

Coloca os interesses nacionais acima dos seus interesses paroquiais.

O mato-grossense demonstrou toda a sua sabedoria nas recentes eleições, contrariando inclusive a pesquisa de boca de urna para senador, do instituto mais famoso do Brasil.

Deixou o comando do Governo Estadual como está, pois “quem pariu Mateus que o embale.”

O povo irá cobrar as promessas de campanha – que foram muitas. E aí?

Aí é que estamos todos condenados a ficar a ver navios.

Tudo porque o caixa do tesouro estadual já estourou faz tempo.

Lembram das promessas de obras, para a Copa do Mundo?

Pois é.

Para o Senado da República, o povo escolheu um representante rural e dos grotões, e outro das metrópoles – e este último vai dar trabalho!

A Câmara Federal permanecerá com os políticos tradicionais e experientes, e dependendo de confirmação, só um de primeiro mandato em Brasília.

No Legislativo Estadual a decisão popular foi de cautela, com uma tênue renovação.

Achei perfeita a votação do nosso eleitor com relação os nossos altos dirigentes.

Voto consciente e inteligente.

Escolheu o melhor candidato, para ser o seu novo presidente. O que está bom tem que continuar.

Será que depois de tanta sabedoria demonstrada ouviremos ainda alguém dizer que o povo não sabe votar?

Nós é que não sabemos interpretar o sentimento do eleitor, diante de tanta bobagem feita pelos nossos representantes.

De tanto apanhar dos que se auto-intitulam líderes, o povo resolveu não mais terceirizar o seu representante.

Estão mandando para Brasília, assembléias e governos estaduais, também os seus palhaços, jogadores de futebol, cantores e atores.

Assim funciona a democracia - ponto de equilíbrio da sociedade.


Gabriel Novis Neves (7.5+90)

04-10-2010

Um comentário:

  1. Bem verdade, Dr. Gabriel, está bem de acordo com o o sábio Dicró quando afirma que "Os políticos são gente fina, nós é que não prestamos." O povo sabe votar, sim (aliás, sempre soube), apenas com um detalhe: o equilíbrio está nas probabilidades de erro ou acerto: sabem votar, porém mais erram que acertam, e assim caminha a humanidade. Vi sua notável entrevista no Progama "A Verdade" com o Carrara em que o Sr. relata com propriedade os primórdios da UFMT e da participação de Pedrossian na educação de MT, mas há e eu já ouvi de muito cuiabano histórico, "rufar" o pau nele. Fico a imaginar o que não seria de "nós" se a introdução de Wilson Martins (?) não tivesse plantado entre "nós" novas idéias para a Educação local?

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