segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cartão corporativo

Foi o último grande escândalo do governo passado e a primeira correção da nova Presidente.

Ela chegou ao poder como simples sucessora, para jogar a sujeira debaixo dos tapetes palacianos, e entregar, daqui a quatro anos, a cadeira ao Cara - no dizer do Obama.

Mas, nesses poucos dias de pouca falação e muita fazeção, sinto que o planejamento não será executado.

Já advertiu o cozinheiro do palácio, que foi cedido gentilmente pelo presidente do Senado, para controlar os gastos. Nada de gastar só com açougue sessenta mil reais por mês.

O corte é no orçamento, e também na picanha do palácio.

Existe um tremendo desconforto com essas primeiras cirurgias éticas da Presidente.

Na festa de aniversário do partido da estrela, era nítido o mal-estar entre o descobridor do Brasil e a Presidente.

Ela não se conforma pela não devolução do passaporte vermelho do ex-estagiário do zoológico da USP, considerado um gênio nos negócios pelo seu pai.

A militância histórica dos sindicalistas está, e com toda a razão, preocupada com a desconstrução da imagem do mito das pesquisas do IBOPE.

Até o plano do governo ela mudou.

De Brasil, um país de todos, para o extermínio da miséria no Brasil, que atinge 16 milhões de brasileiros.

Essa palavra - miséria - estava no índex para não ser jamais pronunciada.

Vetou nomes de alguns corruptos irrecuperáveis para continuarem no seu governo (Furnas) e vai construindo o seu jeito de governar.

Vetou, em cima da hora, a visita que alguns políticos do nosso Estado fariam a ela.

Pressentiu o circo montado: políticos, aspones, televisão, jornalistas e fotógrafos, numa missão sem nenhuma objetividade, a não ser passar o pires para receber recursos.

E como vai o governo da continuidade por aqui?

No mesmo diapasão, vivendo a calmaria quase esgotada da paciência do atual governador.

Diante dos escândalos dos cartões corporativos de Brasília, o que mais ouço nas ruas da ex-Cidade Verde é se existe também essa maravilha por aqui, já que os governos eram parceiros.

Confesso que não sei.

Gabriel Novis Neves

14-02-2011

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