sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

FALAR SEM PENSAR

Conheço pessoas que falam sem pensar.

O seu reflexo da fala parece mais intenso do que o do pensamento.

Será isso?

Quero acreditar nessa interpretação empírica para esse fenômeno tão desagradável!

Outra hipótese que levantei seria a de que a caixa de pensamento dessas pessoas esteja simplesmente vazia, oca – sem nada de útil para oferecer.

Sem falar que, talvez, essas pessoas não saibam escutar.

É um horror manter uma conversa com quem fala sem pensar!

Apesar de todos os meus esforços, eu não consigo sustentar, por mais de cinco minutos, uma conversa com este tipo de pessoa.

Fico totalmente desestabilizado, o que me impossibilita de levar a conversa adiante.

Falar, sem pensar, expõe demasiadamente a fragilidade humana e os seus caprichos, muitas vezes necessitando de proteção.

O pior é que as pessoas que falam antes de pensar não percebem essa inversão de trânsito neurológico, e não procuram corrigi-lo.

Quero conhecer o percentual de pessoas acometidas dessa “coisa.” Estou estudando e pesquisando esse problema que tanto me incomoda.

Se fosse possível perguntar à minha mãe, tenho certeza de que, após alguns minutos pensando, ela me diria:

“Isso é coisa do outro mundo, menino.”

O pensamento é o resultado do que somos. Não podemos anulá-lo pela fala precoce.

Um antigo adágio já dizia: “Atuar sem pensar é como disparar sem apontar.”

O remédio para quem fala sem pensar talvez esteja em um provérbio grego:

“Aja rapidamente, pense lentamente.”


Gabriel Novis Neves

27-01-2011

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