sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Primavera


Estamos no início da primavera.
Com tristeza constato que o ar adocicado pelas flores e a beleza primaveril, com seus pássaros e céu azulado, estão sendo ofuscados pela baixaria política.
Impossível não se contaminar com tanta sujeira moral que nos chegam pelos meios de comunicação.
O custo de um mandato majoritário é alto, tanto financeiro, quanto moralmente.
Eu me pergunto: será que vale a pena, por apenas quatro anos de mordomia e saciedade de vaidades, ter a vida totalmente desconstruída?
Os que passaram por esses cargos venderam caro a honra enlameada.
Temos de reconstruir esta nação começando por uma ampla e profunda reforma eleitoral.
Esse sistema que está aí, não é nem democrático, tampouco republicano.
O nosso Congresso Nacional está cheio de suplentes ocupando a vaga dos titulares, estes sim, legítimos representantes do povo.
Congresso sem legitimidade popular não existe em países democráticos.
O tal do “rodízio” entre parlamentares sem voto é um vulgar desrespeito à nossa população, deixando claro o caminho para se chegar lá.
As estatísticas internacionais de credibilidade só servem para nos envergonhar. Precisamos acordar para o necessário e já tardio salto para o desenvolvimento.
Países pobres como a Coreia do Sul e China já nos passaram econômica e socialmente.
Países minúsculos, mesmo os do MERCOSUL, nos dão aulas de qualidade de vida, tendo como principal, e às vezes única fonte de riqueza, o conhecimento.
O gigante adormecido continua no seu sono profundo de falsas fantasias.
Se o povo se conscientizasse de que ele pode romper com a mesmice continuada, creio que até o final do século vinte e um estaríamos no grupo das nações civilizadas.
Falta-nos coragem!

Gabriel Novis Neves
22-10-2014

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