Estamos
no início da primavera.
Com
tristeza constato que o ar adocicado pelas flores e a beleza primaveril, com
seus pássaros e céu azulado, estão sendo ofuscados pela baixaria política.
Impossível
não se contaminar com tanta sujeira moral que nos chegam pelos meios de
comunicação.
O
custo de um mandato majoritário é alto, tanto financeiro, quanto moralmente.
Eu
me pergunto: será que vale a pena, por apenas quatro anos de mordomia e saciedade
de vaidades, ter a vida totalmente desconstruída?
Os
que passaram por esses cargos venderam caro a honra enlameada.
Temos
de reconstruir esta nação começando por uma ampla e profunda reforma eleitoral.
Esse
sistema que está aí, não é nem democrático, tampouco republicano.
O
nosso Congresso Nacional está cheio de suplentes ocupando a vaga dos titulares,
estes sim, legítimos representantes do povo.
Congresso
sem legitimidade popular não existe em países democráticos.
O
tal do “rodízio” entre parlamentares sem voto é um vulgar desrespeito à nossa
população, deixando claro o caminho para se chegar lá.
As
estatísticas internacionais de credibilidade só servem para nos envergonhar.
Precisamos acordar para o necessário e já tardio salto para o desenvolvimento.
Países
pobres como a Coreia do Sul e China já nos passaram econômica e socialmente.
Países
minúsculos, mesmo os do MERCOSUL, nos dão aulas de qualidade de vida, tendo
como principal, e às vezes única fonte de riqueza, o conhecimento.
O
gigante adormecido continua no seu sono profundo de falsas fantasias.
Se
o povo se conscientizasse de que ele pode romper com a mesmice continuada,
creio que até o final do século vinte e um estaríamos no grupo das nações
civilizadas.
Falta-nos
coragem!
Gabriel
Novis Neves
22-10-2014
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