Nesta
turbulência política de final de segundo turno para as eleições presidenciais e
alguns governos estaduais, lembrei-me de um verso do Mário Quintana.
“O passado não reconhece o seu lugar; está
sempre presente”.
Por
estar sempre atual com os escândalos mais famosos como o “Mensalão” e o
“Assalto à Petrobras”, é que o passado está lutando num verdadeiro vale tudo
para continuar presente.
Na
poesia a beleza supera a realidade. A indignação da nação ultrajada é tanta,
que desta vez até um “poste” tem chance de tomar o lugar do passado recente.
É
da genética da nossa gente sempre cerrar fileiras com os vencedores, mas, na
situação atual tudo indica que haverá mudança de comando.
O
corre-corre de adesões já começou. Até o partido que tem o seu Presidente
Nacional e atual Vice-Presidente da República (candidato a reeleição), já está
dividido pendendo para o lado com maior chance de vitória, que não é o da
continuidade.
O
líder do maior partido no Congresso Nacional declarou que o que interessa nesta
eleição, é a consolidação da sua candidatura à Presidência da Câmara dos
Deputados na próxima legislatura.
Não
vê a menor dificuldade em apoiar o candidato tucano, o mesmo acontecendo com o
candidato do seu partido ao governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Quando
o tsumani das mudanças escolhe um candidato para empurrar, nem reza braba
resolve deter a onda, no caso azul.
Assim
é a nossa política centrada em oportunismos e vantagens pessoais.
Enquanto
isso, mais um Nobel saiu para a França! Até quando ficaremos como país
periférico sem resolver nossos crônicos problemas históricos?
Será
que os versos do Quintana após as eleições voltarão a nos lembrar de que o
presente é o passado?
Gabriel
Novis Neves
13-10-2014
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