sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PASSADO


Nesta turbulência política de final de segundo turno para as eleições presidenciais e alguns governos estaduais, lembrei-me de um verso do Mário Quintana.
 “O passado não reconhece o seu lugar; está sempre presente”.
Por estar sempre atual com os escândalos mais famosos como o “Mensalão” e o “Assalto à Petrobras”, é que o passado está lutando num verdadeiro vale tudo para continuar presente.
Na poesia a beleza supera a realidade. A indignação da nação ultrajada é tanta, que desta vez até um “poste” tem chance de tomar o lugar do passado recente.
É da genética da nossa gente sempre cerrar fileiras com os vencedores, mas, na situação atual tudo indica que haverá mudança de comando.
O corre-corre de adesões já começou. Até o partido que tem o seu Presidente Nacional e atual Vice-Presidente da República (candidato a reeleição), já está dividido pendendo para o lado com maior chance de vitória, que não é o da continuidade.
O líder do maior partido no Congresso Nacional declarou que o que interessa nesta eleição, é a consolidação da sua candidatura à Presidência da Câmara dos Deputados na próxima legislatura.
Não vê a menor dificuldade em apoiar o candidato tucano, o mesmo acontecendo com o candidato do seu partido ao governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Quando o tsumani das mudanças escolhe um candidato para empurrar, nem reza braba resolve deter a onda, no caso azul.
Assim é a nossa política centrada em oportunismos e vantagens pessoais.
Enquanto isso, mais um Nobel saiu para a França! Até quando ficaremos como país periférico sem resolver nossos crônicos problemas históricos?
Será que os versos do Quintana após as eleições voltarão a nos lembrar de que o presente é o passado?

Gabriel Novis Neves
13-10-2014

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