sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Pesquisas eleitorais


Em franca moda, as pesquisas eleitorais têm se propagado em número e em frequência.
Com a crescente globalização elas se tornaram imperativas! Atualmente são publicadas pesquisas num menor espaço de tempo, sendo o termômetro mais ou menos fiel das eleições que se aproximam, sejam elas aqui ou em qualquer outra parte do mundo.
Mais interessante que a descoberta de quem lidera as pesquisas é a constatação de que comportamentos éticos morais dos candidatos não dizem respeito à população em geral, principalmente nos países subdesenvolvidos.
Escândalos referentes a desvio de dinheiro público passam batidos pela sociedade como um todo, sem qualquer tipo de interferência nas pesquisas de intenção de votos – bastando somente olhar a grande quantidade de “fichas sujas”, muitos até liderando  em seus estados.
Temos dificuldade em visualizar o nosso país como um grande aglomerado de bolsões de pobreza e, principalmente, de baixo nível cultural.
Não por acaso, as classes dirigentes brasileiras nunca se interessaram em mudar esse quadro. Os poucos que tentaram centralizar o crescimento na melhora educacional tiveram os seus projetos logo abortados pelos que lhes sucederam.
Afinal, povo com bom nível educacional aprende a querer mais do que sobrevivência. Luta por um país em que as distorções sociais não sejam tão grandes quanto às que vivenciamos.
Ainda não temos a dimensão do “viver”, apenas do  “sobreviver” e, infelizmente, isso satisfaz  a quem nasce já condenado ao  abandono físico e cultural.
A nossa população não está sequer interessada nas atribuições políticas honestas de cada candidato, mas em que tipo de ganhos pessoais poderá daí advir.
Sempre me ocorre a estória do trabalhador rural  que, ao levar a filha para um bordel, foi inquirido  com argumentos moralistas do por que o fazia, e ele logo respondia; “não estamos precisando de moral, estamos precisando de comida”.
Não há o que lamentar no quadro atual, apenas sonhar com uma mudança maciça no quadro educacional, o que, quem sabe, poderá acontecer para os nossos bisnetos e tataranetos.

Gabriel Novis Neves
08-10-2014

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