Em
franca moda, as pesquisas eleitorais têm se propagado em número e em
frequência.
Com
a crescente globalização elas se tornaram imperativas! Atualmente são
publicadas pesquisas num menor espaço de tempo, sendo o termômetro mais ou
menos fiel das eleições que se aproximam, sejam elas aqui ou em qualquer outra
parte do mundo.
Mais
interessante que a descoberta de quem lidera as pesquisas é a constatação de
que comportamentos éticos morais dos candidatos não dizem respeito à população
em geral, principalmente nos países subdesenvolvidos.
Escândalos
referentes a desvio de dinheiro público passam batidos pela sociedade como um
todo, sem qualquer tipo de interferência nas pesquisas de intenção de votos –
bastando somente olhar a grande quantidade de “fichas sujas”, muitos até
liderando em seus estados.
Temos
dificuldade em visualizar o nosso país como um grande aglomerado de bolsões de
pobreza e, principalmente, de baixo nível cultural.
Não
por acaso, as classes dirigentes brasileiras nunca se interessaram em mudar
esse quadro. Os poucos que tentaram centralizar o crescimento na melhora
educacional tiveram os seus projetos logo abortados pelos que lhes sucederam.
Afinal,
povo com bom nível educacional aprende a querer mais do que sobrevivência. Luta
por um país em que as distorções sociais não sejam tão grandes quanto às que
vivenciamos.
Ainda
não temos a dimensão do “viver”, apenas do
“sobreviver” e, infelizmente, isso satisfaz a quem nasce já condenado ao abandono físico e cultural.
A
nossa população não está sequer interessada nas atribuições políticas honestas
de cada candidato, mas em que tipo de ganhos pessoais poderá daí advir.
Sempre
me ocorre a estória do trabalhador rural
que, ao levar a filha para um bordel, foi inquirido com argumentos moralistas do por que o fazia,
e ele logo respondia; “não estamos precisando de moral, estamos precisando de
comida”.
Não
há o que lamentar no quadro atual, apenas sonhar com uma mudança maciça no
quadro educacional, o que, quem sabe, poderá acontecer para os nossos bisnetos
e tataranetos.
Gabriel
Novis Neves
08-10-2014
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