Estatísticas
internacionais recentes nos informam que por ano cerca de dois milhões de
meninas entre dez e quinze anos de idade tornam-se mães.
Os
recém-nascidos, na sua maioria, são produtos de uma gravidez não desejada. O
futuro do novo binômio mãe e filho não pode ser avaliado.
Tememos
pelo pior, pois o Estado se faz ausente neste grave problema de saúde pública e
social. Grande parte dessas meninas nasceu e cresceu em situação de risco,
totalmente desprotegidas e fragilizadas.
Abandonam
a escola, vivem reclusas ou em cárceres e, muitas vezes, sofrendo ameaças do
criminoso adulto responsável por essa verdadeira tragédia humana.
Não
raro pertencem à sua esfera familiar, não sendo infrequente que os autores da
“façanha” sejam seu próprio pai, irmão, tios, padrinhos, avô.
Verdadeiras
escravas de um crime que vitima milhões de meninas no mundo.
Como
a hipocrisia norteia nossos “desnorteados governos”, a raiz desse terrível mal
está na falta inicial de uma educação caseira.
Sexo
continua sendo tabu para a maioria das famílias em pleno século vinte e um, e
esse assunto jamais é tratado entre pais e filhos.
Na
escola formal não possuímos professores qualificados para atender a demanda, e
esse assunto, que deveria ser uma disciplina no ensino fundamental, é
totalmente ignorado.
A
cultura religiosa, de um modo geral, se refere ao sexo como “coisa do demônio”.
É uma das formas do pecado.
Precisamos
que o mundo preste atenção em programas especiais de educação sexual aos pais e
às crianças.
Urge
que campanhas sejam feitas esclarecendo a sociedade sobre a necessidade de que
esse assunto seja discutido no meio familiar e nas escolas.
Distribuir
anticoncepcionais nas escolas, ou a pílula do dia seguinte, é uma invencionice
dos laboratórios farmacêuticos, e não, uma prática pedagógica.
É
muito triste acompanhar a gestação de uma menina ainda na idade de brincar com
boneca sabendo da origem daquela gravidez e o futuro incerto que a espera.
Temos
de investir na formação das nossas crianças para alcançarmos a tão cobiçada paz
mundial.
Gabriel
Novis Neves
10-10-2014
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