quarta-feira, 11 de setembro de 2013

SERVIU!

Após a minha indagação no artigo “Para que serve?”, referindo-me ao Ministério da Saúde e Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, recebi uma série de sugestões para outras áreas da administração pública.
O artigo serviu, e muito, para despertar na nossa população o desejo de participar e ser ouvida nos graves problemas que destroem a nossa qualidade de vida.
As decisões são tomadas por um grupelho de iluminados nos porões do Palácio do Planalto, e são apresentadas à população como produto exaustivamente estudado pelo marqueteiro da reeleição.
Vejam o recente caso dos escravos de jaleco da ilha do Caribe. Antes dos históricos movimentos de rua essa decisão já havia sido tomada, inclusive com o valor do aluguel do pacote de médicos.
Foi uma manobra eleitoreira para repatriar milhares de brasileiros, produtos da nossa péssima educação pública que foram para paisinhos subdesenvolvidos para fugir do difícil e competitivo vestibular de medicina.
Nessas fábricas de médicos (!) não há vestibular, tampouco número de vagas. Chegou, pagou, entrou. Depois é esperar o diploma de médico.
Acontece, que para exercer legalmente a medicina no país das ilegalidades, onde existe até deputado federal presidiário, há necessidade de revalidar o seu diploma. É o exame de Revalida (revalidação do diploma conseguido no exterior), onde o aproveitamento dos estrangeiros é ridículo.
O último exame do Revalida realizado pela nossa Universidade Federal (UFMT), onde o grande contingente era de médicos que não fizeram o vestibular na Bolívia, dos novecentos e poucos candidatos inscritos, 1% foi aprovado. Os outros estão exercendo a sua “profissão” na clandestinidade.
Para corrigir essa situação social o governo inventou a tal importação, e aguarda os dividendos eleitorais. Aliás, para atender pobres qualquer um serve.
As sugestões foram inúmeras e convincentes daqueles que não tem poder, mas sofrem com o descaso do governo no setor educacional.
No ensino fundamental de Cuiabá a prefeitura gasta cerca de cinco mil reais per capita por criança/ano.
Se esse dinheiro fosse entregue às famílias com filhos em idade escolar, daria para pagar as mensalidades de um colégio padrão Salesiano.
A prova da inutilidade das nossas Secretarias de Educação, tanto a estadual quanto a municipal, é a média alcançada pelos nossos alunos nas avaliações do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e IDEB (Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico).
A cidade de Nova Mutum tem a maior despesa em educação e a maior nota. Campo Verde e Lucas do Rio Verde também têm melhores notas com custo bem menor.
Cuiabá apresentou nota média de 4,2 - e gastou cinco mil reais/ano/aluno, enquanto em Lucas a média obtida foi de 5,2 - com uma despesa anual de 3,5 mil reais por aluno.
Rondonópolis está no mesmo diapasão de Cuiabá, gasta muito com resultado medíocre.
Várzea grande tem nota baixa e gasta uma merreca.
Poconé e Campo Verde são municípios de população parecida. Um tem a pior nota gastando mais que o outro.
Se fechar a SEDUC e der 5mil/ano na mão de cada família com filho na escola, os pais poderão escolher entre matricular nos salesianos ou na rede pública de ensino.
A escola pública não melhora porque ela nunca é cobrada e comparada. Reina absoluta na total incompetência.
E a turma sempre pede mais verba. Não é só falta de dinheiro, como vimos com alguns exemplos.
Falta gestão e, principalmente, concorrência.
O povo não entende para que serve o gigante e ideológico Ministério da Educação e a maioria das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.
A sugestão é acabar com esses cabides de emprego e deixar o povo cuidar da educação dos seus filhos com o dinheiro que o governo gasta sem retorno.

Gabriel Novis Neves
31-08-2013

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