sexta-feira, 13 de setembro de 2013

QUESTÃO DE FOCO

A presidente do Brasil, incapaz de articular uma resposta de cinco linhas, quer mudar, com urgência, o foco do seu desgoverno.
Escolheu como alvo o poderoso presidente da maior potência militar, econômica e científica do mundo. Quer exigir dele o que não consegue nem no diretório do seu partido.
Ex-aluno de Harvard, e com grande controle emocional, foi informado do teor do discurso da presidente em São Petersburgo, na Rússia, quando recebeu um “ultimato”: até o dia 11 de setembro, deverá dar uma resposta que esclareça “tudo” sobre o caso de espionagem de mensagens e ligações telefônicas do Palácio do Planalto e de ministros brasileiros.
A presidente ameaçou: senão for atendida, cancelaria a sua visita de Estado à Washington, marcada para outubro.
Seria uma desgraça para o governo americano a ausência do Brasil nessa visita programada!
Jogando para a plateia de jornalistas estrangeiros, a presidente disse que teria transmitido a Obama a “indignação pessoal, e do conjunto do país” às denúncias de espionagem contra o Brasil pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA.
Essa forte “indignação” da presidente, não foi notada diante dos sérios problemas sociais, éticos, econômicos e políticos, que maltratam a população trabalhadora do Brasil.
No final da reunião da Rússia, fala quem manda, e a periferia ouve e, se tiver juízo, obedece.
Obama reconheceu que os Estados Unidos têm uma “capacidade maior” de espionagem que os países “em desenvolvimento, como o Brasil”, e que as novas tecnologias facilitam o acesso às informações confidenciais, o que abre espaço para exageros.
“Porque nós podemos ter informação, não necessariamente significa que sempre devemos ter” – admitiu elegantemente Obama.
Resposta tipo tapa com luva de pelica para uma nação que nunca se interessou em investir em educação, ciência e tecnologia.
Quando a prioridade é exercer o poder pelo poder, e criar todas as manobras para a perpetuação de grupos neste poder, o resultado é o atraso tecnológico e o povo na rua protestando como nunca, jamais visto num 7 de setembro, data cívica onde comemoramos a nossa Independência.
O que assistimos pela televisão foram tropas nas ruas e ausência de público.
Está difícil para a presidente desviar o foco da nossa história.
Somos mesmo a periferia do poder global.
Falta-nos conhecimento, a única chave para atingir o desenvolvimento.
Que sete de setembro inesquecível! É urgente tirar conclusões sobre esses acontecimentos.
A nação está preocupada, este é o foco.

Gabriel Novis Neves
07-09-2013

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