Somos
realmente muito ingênuos quando nos surpreendemos com espionagem explícita nos
nossos quadros governamentais.
Através
da mídia, tomamos conhecimento que os presidentes do Brasil e seus assessores,
bem como o presidente do México, vêm sofrendo espionagens sucessivas nos seus
emails e nas suas ligações telefônicas.
Afinal,
elas sempre existiram, e foram até alvo de glamour de vários filmes de época.
Depois da era da Internet essas técnicas se sofisticaram, e o elemento humano
passou a não ter tanta relevância, apesar de ainda ser importante.
Sabemos,
inclusive, que todas as embaixadas pelo mundo afora, mantêm funcionários com
essa finalidade.
Também
não é segredo que as grandes potências mundiais, que mantêm negócios
milionários nos vários recantos da terra, praticam espionagem constante uns com
os outros. A quem reclamar? À ONU, à OMC, que também usam as mesmas práticas
nos seus organismos?
Declarar
isso como “séria violação à nossa soberania”, como fizeram as nossas
autoridades competentes, é no mínimo, muita ingenuidade.
O
que temos de fazer é melhorar os nossos serviços de contraespionagem e de
inteligência que, ao que parece, não andam muito eficazes.
Cortar
as conexões de Internet nos casos mais sigilosos também poderia ser uma medida
eficiente a ser adotada entre os detentores dos segredos
de estado.
Precisamos
amadurecer rapidamente diante desse novo mundo que eliminou a privacidade e
aprender a lidar com isso, e não nos portarmos como figuras histéricas,
cobrando bravatas desnecessárias e ridículas.
Todas
as grandes potências usam e abusam desses métodos no dia-a-dia, e essa é a
realidade que se nos apresenta.
Nos
dias atuais, não apenas a segurança, mas principalmente as relações comerciais
são sempre o alvo dessas espionagens.
Como
todo mundo espiona todo mundo, o importante mesmo é que se aumente o serviço de
contraespionagem.
Claro,
se um país começa a comprar aviões de caça e material bélico de outro,
suspeitas começam a ocorrer quanto ao seu poder de ataque.
Isso
ocorre no mundo inteiro.
Não
podemos nos dar ao luxo de sair cortando relações comerciais com este ou aquele
país por motivos tão óbvios.
Sejamos
sim, mais atentos e menos ingênuos.
A
nova ordem mundial é de disputas, e não, de falsos pruridos morais.
Gabriel
Novis Neves
02-09-2013
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