quinta-feira, 19 de setembro de 2013

INGENUIDADE

Somos realmente muito ingênuos quando nos surpreendemos com espionagem explícita nos nossos quadros governamentais. 
Através da mídia, tomamos conhecimento que os presidentes do Brasil e seus assessores, bem como o presidente do México, vêm sofrendo espionagens sucessivas nos seus emails e nas suas ligações telefônicas. 
Afinal, elas sempre existiram, e foram até alvo de glamour de vários filmes de época. Depois da era da Internet essas técnicas se sofisticaram, e o elemento humano passou a não ter tanta relevância, apesar de ainda ser importante. 
Sabemos, inclusive, que todas as embaixadas pelo mundo afora, mantêm funcionários com essa finalidade.
Também não é segredo que as grandes potências mundiais, que mantêm negócios milionários nos vários recantos da terra, praticam espionagem constante uns com os outros.  A quem reclamar? À ONU, à OMC, que também usam as mesmas práticas nos seus organismos?
Declarar isso como “séria violação à nossa soberania”, como fizeram as nossas autoridades competentes, é no mínimo, muita ingenuidade. 
O que temos de fazer é melhorar os nossos serviços de contraespionagem e de inteligência  que, ao que parece, não andam muito eficazes. 
Cortar as conexões de Internet nos casos mais sigilosos também poderia ser uma medida eficiente a ser adotada entre os  detentores  dos  segredos  de estado. 
Precisamos amadurecer rapidamente diante desse novo mundo que eliminou a privacidade e aprender a lidar com isso, e não nos portarmos como figuras histéricas, cobrando bravatas desnecessárias e ridículas. 
Todas as grandes potências usam e abusam desses métodos no dia-a-dia, e essa é a realidade que se nos apresenta. 
Nos dias atuais, não apenas a segurança, mas principalmente as relações comerciais são sempre o alvo dessas espionagens. 
Como todo mundo espiona todo mundo, o importante mesmo é que se aumente o serviço de contraespionagem. 
Claro, se um país começa a comprar aviões de caça e material bélico de outro, suspeitas começam a ocorrer quanto ao seu poder de ataque.
Isso ocorre no mundo inteiro. 
Não podemos nos dar ao luxo de sair cortando relações comerciais com este ou aquele país por motivos tão óbvios.
Sejamos sim, mais atentos e menos ingênuos.
A nova ordem mundial é de disputas, e não, de falsos pruridos morais.

Gabriel Novis Neves
02-09-2013

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