terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PARLAMENTARES MAIS INFLUENTES

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) divulgou a lista dos dez parlamentares mais influentes em 2011.

Na relação encontramos representantes de São Paulo, Amapá, Roraima, Bahia, Alagoas e Goiás. Se ampliarmos para os vinte e dois mais votados, aparecem políticos de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, e Rio Grande do Norte.

O forte no Congresso Nacional são os integrantes do chamado baixo clero que, unidos, têm mais poder político que essa turma premiada.

Todo trabalho de pesquisa feita por amostragem, como este, tem eficiente embasamento científico para resguardo da sua credibilidade.

Mas existem dados até certo ponto surpreendentes. Estados de fraca densidade eleitoral como Roraima, Amapá, Alagoas e Goiás, têm representantes na seleção titular do poder, reconhecido por um órgão em que os votos são conscientes.

Espichando os números para vinte e dois, encontramos políticos de Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

Ausências notadas pela sua tradição: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Brasília.

Mato Grosso não pontua, e nem adianta perguntar ao nosso grupo seleto de representantes sobre o motivo da ausência.

A resposta está na ponta da língua: trabalhamos em surdina nas mais variáveis Comissões, visitamos os ministérios à procura de recursos e liberação das nossas emendas, além, é claro, da atenção permanente às bases.

O chato é que esses dez mandões da lista do DIAP, não peregrinam pelos ministérios à procura de migalhas. Telefonam.

Muitas vezes não moram nos Estados em que foram eleitos - e que são verdadeiros canteiros de obras feitos com recursos federais.

Indicam ministros, demitem ministros. Onde atuam, os salários são diferenciados dos barnabés do executivo. O número desses servidores está sempre aumentando.

Também não há necessidade do comparecimento desses sortudos ao local de serviço.

Por essa amostragem dá para entender porque as coisas são difíceis para nós.

O nordeste é todo cortado por estradas pavimentadas no melhor padrão técnico. Às vezes, faz o encantamento dos turistas, especialmente do maior Estado produtor de alimentos do Brasil.

Para retirar a nossa produção do campo, o produtor rural enfrenta estradas esburacadas, sem acostamento, sinalização e um tráfico intenso.

Aparece nesse momento o prestígio dos nossos políticos causadores do preço Brasil aos trabalhadores responsáveis pela maior fatia do PIB brasileiro.

E pensar que já tivemos representantes na seleção do DIAP.

Gabriel Novis Neves

06-12-2011

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