domingo, 3 de julho de 2011

ENSINO DE MATEMÁTICA

Se o nosso ensino vai mal, o da matemática merece atenção especial.

São os que dominam a ciência dos números os principais responsáveis pelas políticas públicas, logo, pelo futuro desta nação.

Desde que me entendo por gente, ouço falar que o Brasil está falido. Cresci odiando o FMI (Fundo Monetário Internacional), pelos males causados ao nosso país. Depois percebi que era o próprio Brasil que fazia mal a ele próprio – fruto de uma má administração pública.

Sem dinheiro, o Brasil pedia empréstimos, e na hora de honrar seus compromissos, jogava toda a culpa no FMI.

Essa cultura de pavor ao FMI, terminou no governo passado, que utilizou uma estratégia matemática interessantíssima.

Pagamos as nossas dívidas ao demoníaco Fundo, e atolamos o Brasil na maior dívida interna da história desta nação. Trocamos seis por meia-dúzia, e, no fim, continuamos devendo cada vez mais.

Faz parte da cultura governamental o famoso programa de rolagem das nossas dívidas, especialmente nas províncias.

Mudou o governo, e o assunto é requentado. Todo mundo acha normal, e julga simpática essa medida, que cada vez nos afunda mais, em dissonância com o esforço dos trabalhadores, que é maioria nesta nação.

Os antigos negociadores faziam as quatro operações básicas de matemática: somar, multiplicar, dividir e diminuir, de cabeça.

Hoje todo bom executivo financeiro, tem como seus acompanhantes inseparáveis, a máquina de calcular e o laptop.

A diferença é que os antigos dominavam, como poucos, as quatro operações matemáticas.

Estou acompanhando com atenção essa história da nossa última rolagem das dívidas.

Segundo economistas não oficiais, falta pouco tempo para o Estado quitar aquele empréstimo feito há mais de dez anos e que viabilizou a vida dessa terra em que todos ganham dinheiro, quando possuem vocação para essa atividade.

Infelizmente, a vaidade da maioria dos nossos governantes, sempre falou mais alto que os interesses do nosso Estado.

Em vez de estancarem as sangrias do tesouro do Estado, causadoras do nosso desconforto, preferem aumentá-las com novos empréstimos.

São os conhecidos programas ilusórios de rolamento das dívidas para o Estado voltar a crescer.

Dívida tem que ter vida curta, para não matar o seu devedor.

O que pagamos de juros nesses anos todos, é menos do que perdemos pelos ralos da corrupção.

Qualquer menino de rua sabe disso, pois não é segredo nenhum.

Mato Grosso está mais uma vez, tentando alongar a sua dívida negociando diretamente com os bancos, condenando ao sacrifício várias gerações.

Justiça se faça aos sete anos do governo anterior que, mesmo reclamando, sempre pagou as dívidas anteriormente contraídas.

Tentação para rolamento houve - de assessores matemáticos modernos.

O governador, acostumado aos números, sempre acionou a sua máquina de calcular, e nunca se entusiasmou com a ideia. Afinal ele é do ramo e não pode falhar nos cálculos.

Mato Grosso lucrou.

Essa discussão sobre a venda da nossa dívida a bancos privados, precisa ser discutida com a sociedade, antes que isso aqui se transforme em uma Grécia Amazônica.

Gabriel Novis Neves

27-06-2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.