quinta-feira, 28 de abril de 2011

NOBREZA

As Casas dos Nobres são instituições tão antigas quanto a própria humanidade.

Em pleno século XXI temos inúmeros países que adotam a monarquia e a mais tradicional e respeitável é a britânica.

Títulos de príncipes, princesas, condes, condessas, marqueses e inúmeros outros, conferem um poder de sedução aos homenageados, como ao cantor Elton John e ao jogador Beckham, e encantam o mundo.

Com os séculos, algumas alterações foram introduzidas ao rigoroso ritual da realeza, prontamente aceitas pelos mais conservadores de seus súditos, e pelos nem tanto assim.

O casamento somente entre nobres cedeu lugar à união de nobres com maravilhosas artistas de cinema, plebéias lindas, e outras que, só o mundo fantasioso das quatro paredes de um dormitório, poderão nos explicar.

Geneticamente essa abertura fez um bem aos novos produtos humanos reais.

Os velhos embaixadores classificavam a Casa dos Nobres, como um verdadeiro centro de patologias médicas. Na Europa Velha a sífilis dizimava gerações de nobres, com as sequelas das suas lesões.

A sexualidade dos nobres era democratizada com os sentimentos de todos os povos, pois produtos da natureza e glândulas, não são monárquicos, e sim endócrinos.

Ouvi muita conversa sobre esse assunto. O Brasil colônia teve uma Rainha louca e um Rei que proclamou a nossa Independência graças a uma fuga da capital paulista para encontrar a sua amante numa cidade praiana, mais conhecida como a terra do Clube de Futebol do Rei Pelé.

Para um governante, especialmente do terceiro mundo, o fato mais importante na sua administração é desfilar na carruagem, ao lado da rainha.

É a sua inesquecível passagem pelo poder!

Há um mês as maiores redes de televisão, jornais, revistas, rádio e internet, só falam no casamento do príncipe-herdeiro da coroa da Inglaterra com a sua antiga namorada plebéia.

Essa moça é linda, especialmente em pose fotográfica com lingerie.

A outrora privacidade da realeza foi derrotada pela tecnologia.

Todo mundo sabe que os noivos foram colegas de universidade, moraram juntos por dois anos, brigaram, separaram, voltaram, e agora estão teatralizando um casamento de faz de conta, para não quebrar uma tradição.

Todos estão felizes no Reino Unido pelo feriadão, aumento de vendas no comércio e subprodutos de uma festa, que parece uma mistura de Natal e Copa do Mundo, segundo depoimento de uma brasileira que foi assistir ao casamento do século.

Mais de 2 bilhões de pessoas acompanharão pela televisão ao evento, que, com toda a certeza, terá reprises diversas, além dos célebres comentaristas especializados em festas de casamentos reais.

Corre até um boato por aqui - acredito mesmo em brincadeira - que uma comitiva do Governo chegará ao feriadão em Londres para verificar o problema da mobilidade urbana...



Gabriel Novis Neves

28-04-2011

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