domingo, 24 de abril de 2011

Estevão de Mendonça

Vou tentar atender a um antigo pedido do meu professor, ídolo, vizinho e amigo da Rua do Campo - Estevão de Mendonça.

Coincidência ou não, moro na rua que lembra a sua passagem por terras cuiabanas.

Estevão de Mendonça, que me ensinou muito da nossa história, juntamente com o seu filho Rubinho (Rubens de Mendonça), profetizou que quem morre em Cuiabá é esquecido.

Tinha toda razão o nosso maior historiador!

Os nossos verdadeiros mitos são totalmente esquecidos, substituídos pelos oportunistas de plantão - especializados em descobrir o descoberto.

No aniversário dos 292 anos de Cuiabá, tantos falsos mitos foram idolatrados, e os verdadeiros, esquecidos.

O Hino de Cuiabá foi muito executado, a nossa bandeira reverenciada e o brasão beijado.

Quem foram os autores dessas peças históricas?

A letra do nosso hino é do professor, poeta, filólogo e poliglota, Ezequiel Pompeo Ribeiro Siqueira.

Ezequiel foi colega de turma de José Barnabé de Mesquita e Dom Aquino Corrêa.

Lecionou na rede pública de ensino, e dava aulas particulares aos filhos de famílias ilustres da nossa sociedade.

Entre outros foram seus alunos: Filinto Muller, João Ponce de Arruda e Fernando Corrêa da Costa.

Idolatrado pelas crianças e famílias daquela época, era convidado especial dos aniversários da petizada. Deixava inesquecíveis mensagens e dizia sempre uma poesia musical.

A melodia do hino é do 1º Sargento do antigo 16º Batalhão de Caçadores (16BC), o músico, Luiz Cândido da Silva.

Este hino foi oficializado pela Lei nº633 de 10 de abril de 1962, pelo então prefeito, Hélio Palma de Arruda.

O Brasão de Cuiabá foi instituído em Portugal em 1727, e oficializado em 1961.

No dia 12 de agosto de 1972 foi criada a bandeira de Cuiabá, através de um concurso público.

O prefeito de Cuiabá era José Villanova Torres.

O vencedor foi Nilson Benedito de Siqueira, que ao ter a sua proposta aceita, faturou um prêmio de CR$ 1.000,00 (um mil cruzeiros).

Todos esses personagens, verdadeiros mitos da nossa história, foram esquecidos nas festas de comemoração.

Estevão de Mendonça! Este seu vizinho está fazendo a sua vontade, recuperando os verdadeiros mitos esquecidos.

Os mortos não falam, os vivos incomodam. Porque não lembrar os nossos heróis silenciosos?

Espero que não tenha que explicar quem foi Estevão de Mendonça.

Gabriel Novis Neves

10-04-2011

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