segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ser pai

Sou pai de uma menina e de dois meninos. A diferença de idade entre eles, em média, é de um ano e quatro meses. Os meus dois primeiros filhos, nasceram no mesmo mês com um ano de intervalo e quase no mesmo dia. Apenas seis dias separam os seus nascimentos. Em partos normais, torcida não faz criança nascer no mesmo dia, salvo raríssimas exceções. Tenho dois irmãos que nasceram no mesmo dia, em anos diferentes.

Quando namorava a mãe dos meus filhos, uma coincidência: ela era do dia quatro e eu do dia seis do mesmo mês, mas os anos de nascimento eram bem afastados. Morou durante muitos anos na Rua Paissandu no Rio de Janeiro. Foi nadadora do Fluminense. No carnaval não perdia os bailes charmosos do tricolor. Sempre pensei que fosse torcedora do Fluminense. Eu nunca escondi a minha paixão pelo Botafogo. Regininha educou os nossos filhos com a rigidez espanhola, que corria em seu sangue. A nossa filha nunca se interessou pelo futebol. Quando os nossos filhos chegaram à idade do futebol, talvez para se vingar de alguma arte cometida por mim, descobri que por influência dela, os dois moleques eram Flamengo roxo, e ela era urubu.

Se hoje tenho uma família organizada, da qual muito me orgulho, reconheço o trabalho da Regininha. Na nossa casa nunca houve unanimidade nas nossas efervescentes discussões, sobre política, religião e futebol. No final um dos dois tinha que se anular.

Não entendo porque os pais não são tão referenciados como as mães. O Dia das Mães para o comércio já ultrapassou em faturamento o dia do nascimento do filho de Deus.

Ser pai não é fácil não!

Estar sempre alegre, participar, se anular às vezes e sofrer resignado.

Isto é ser pai.


Gabriel Novis Neves

19/05/2010

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