domingo, 3 de setembro de 2023

COISAS


Os antigos diziam que certas coisas só aconteciam em Cuiabá e com muita razão.


Anoitei uma lista dessas coisas que transformei em um texto.


O primeiro otorrino de Cuiabá era surdo.


O Bispo de Cuiabá era agiota.


O dono do Cartório de Registro de Imóveis era cego.


A pessoa mais famosa da nossa universidade, foi o Cacique Mário Juruna. Era colaborador do Museu Rondon e ganhou da reitoria um gravador, para gravar audiências com os mandatários de Brasília e depois cobrá-los. Foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro e foi o primeiro indígena à pertencer a Câmara dos Deputados.


O dono de um grande armazém de Cuiabá, era chamado de Priquito.


Casou-se com uma mulher rica. Seu sogro deu-lhe de presente um grande armazém.


O cuiabano passou a chamá-lo de Priquito pois era o único bem que lhe pertencia no casamento.


O Bugre era filho de Biézinho e seu filho era Gabriel.


Bugrinho era filho da dona Janoca do Largo da Mandioca.


O filho do Bugre do bar, tornou-se médico.


O Bugrinho da Mandioca, tornou-se o poeta Silva Freire.


O Bugre do bar era filho de uma carioca, e teve um filho casado com uma princesa.


A mulher do Bugre do bar não era cuiabana. Nasceu por acaso na Usina do Itaicy, no município de Santo Antônio de Leverger.


Assim que chegou a telefonia móvel à Cuiabá, a mulher de um riquíssimo empresário e deputado estadual lhe telefonou.


Ele estava no motel e foi logo lhe perguntando: como você me achou aqui?


Uma parente contratou uma nova empregada e esta lhe perguntou o seu nome.


Ao saber disse: bonito nome.


Nunca tinha ouvido alguém com esse nome: cor de urina (Corina).


Sábado gordo em Cuiabá era o sábado de carnaval.


Carnaval tem ossos e muitos festejavam o enterro dos ossos do carnaval.


Namorar na esquina era proibido em Cuiabá.


Só na porta da rua de sua casa em companhia de uma “vela” que era a pessoa que lhe servia de companhia.


Em Cuiabá as empregadas domesticas dormiam nas casas dos patrões.


Frequentemente engravidavam e o pai da criança era sempre o vizinho.


Se a filha solteira do patrão engravidasse, o pai era o “ mudinho do Livramento” que morava nos fundos das casas. 


As rãs de Cuiabá eram bem tratadas. Serviam para fazer o teste de gravidez.


Eram vendidas aos poucos laboratórios existentes.


Em Cuiabá “a turma do morro” não era de moradores do morro da Prainha e sim nome de um conjunto musical.


Em Cuiabá tomava-se muita garrafada, receitadas pelos pais de Santo do Terceiro, no Porto. Era um santo remédio!


Minha cantora predileta é japonesa nascida em SP de pais japoneses. Seus pais voltaram para o Japão quando ela tinha 15 anos.


Dificilmente volta para o Brasil. Divulga músicas da bossa nova.


Canta e toca violão deliciosamente.


Só em Cuiabá para ser fã de cantora que vive e trabalha no Japão.

Gravou muito com o poli instrumentista e compositor acreano João Donato, no Japão.


Lisa Ono é a cantora, compositora e instrumentista (toca violão).


O Festival de Inverno da Chapada, é no verão cuiabano de 40 graus.


Conheço um motorista que atende pelo sobrenome de Dias.


Coisas de Cuiabá: de dia dorme e de noite trabalha.


Deveria fazer como um cantor da noite, que era chamado de “Noite Ilustrada”, só trabalhava de noite.


Gabriel Novis Neves

13-08-2023


















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