É
um termo que deveria ser retirado dos nossos dicionários pelo seu desuso. Lendo
os jornais da cidade, fiquei espantado com a total falta de responsabilidade na
execução das obras da Copa.
Projetos
feitos às pressas para efeito eleitoreiro, falta de planejamento e
fiscalização, cronogramas de execução das obras com prazos não respeitados e o
famoso jogo de cartas marcadas com os consórcios vencedores do pregão
administrativo.
Alguns
desses projetos, de tão mal elaborados, tiveram de ser totalmente revistos
pelos técnicos das firmas vencedoras.
É
o caso da Arena Pantanal. As reformulações e consequentes aditivos dobraram o
seu custo inicial.
E
todas essas lambanças foram feitas com o dinheiro do contribuinte
mato-grossense.
O
trevo do bairro Santa Rosa, a obra de maior visibilidade urbana, teve o seu
projeto original totalmente alterado por barbaridades técnicas.
No
momento a obra está paralisada e corre o risco de desabamento.
O
viaduto da SEFAZ, pomposamente “inaugurado” há seis meses, está interditado com
risco de cair. Os técnicos colocaram escoras enquanto decidem se remendam ou
implodem para fazer um novo.
O
elevado da universidade (UFMT) também apresenta problemas na sua estrutura.
Os
vinte e três quilômetros de trilhos por onde correrá o bondinho do VLT, projeto
de um bilhão e quinhentos milhões de reais, segundo previsões otimistas, será
entregue à nossa população na festa de trezentos anos de Cuiabá, em dois mil e
dezenove.
A
reforma do nosso raquítico Aeroporto Internacional (?) foi um fiasco. O seu
teto foi para os ares na primeira chuva com ventania.
Muitos
projetos não saíram do papel, como na área do turismo, e outros ficaram
incompletos, como os Centros de Treinamento.
Todas
essas irregularidades foram denunciadas pelo Ministério Público, Tribunal de
Contas, CREA, a população independente e os “Profetas do Atraso”.
A
irresponsabilidade dos nossos dirigentes públicos não ouviu o clamor das ruas!
Resta-nos
agora esperar a punição para os culpados e o ressarcimento do nosso dinheiro
jogado no esgoto da irresponsabilidade.
Temos
de recuperar a nossa tradicional responsabilidade com a coisa pública,
sequestrada pelos modernos gestores.
Se
assim não o fizermos, estaremos condenados a desaparecer como civilização.
Gabriel
Novis Neves
03-09-2014
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